Responsabilidade do motociclista e ações educativas mais fortes são medidas que podem contribuir com a redução do número de acidentes no trânsito paraibano, para o gerente de Transportes do DER, Fleming Cabral. O gerente defende a formação não apenas de um condutor, mais de uma pessoa que conduza seu veículo de forma cidadã, através de campanhas que aconteçam ainda nas escolas, direcionadas aos futuros condutores.
Em conversa com o PB Agora, durante audiência pública realizada no último dia 30 na Assembleia Legislativa da Paraíba, Fleming avaliou que só através da educação do motociclista será possível reduzir o número de acidentes na Paraíba. Nos primeiros seis meses de 2019, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde, quase 4 mil vítimas de acidentes com moto foram registradas.
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Fleming Cabral acredita que a redução de acidentes envolvendo motocicletas só poderá acontecer através da conscientização daqueles que conduzem os veículos, com o uso dos equipamentos necessários e com a pilotagem de forma responsável. “As nossas ações relacionadas às fiscalizações e à educação para o trânsito em várias regiões do estado da Paraíba são feitas, elas vêm efetivamente acontecendo nas escolas, nas próprias rodovias, nas abordagens que fazemos nas rodovias, mas é preciso uma conscientização mais abrangente e, principalmente, que as pessoas entendam que o principal é salvar vidas”, destacou Cabral.
De acordo com o gerente do DER, algumas das vezes o condutor de motocicleta expões sua vida, quando não pilota de forma segura e se expõe a alguns riscos desnecessários. Ele lembra que o cuidado com a própria integridade física é também uma decisão pessoal. “O DER vem fazendo campanhas educativas e um trabalho efetivo nas rodovias estaduais. Não conseguimos estar em todo o estado, mas fazemos uma logística de atuar em determinados pontos que acontecem mais acidentes. Um dado importante é que já há quatro anos, nas rodovias que são fiscalizadas pelo DER, de forma integrada com a PRF, o BPTran e o Corpo de Bombeiros, não registramos aumento do número de acidentes durante o período carnavalesco e nem no São João”, pontuou.
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Para Fleming, mais importante do que a infraestrutura e a sinalização das rodovias é a condução do veículo de forma segura e responsável. “Nós temos um tripé formado pela parte de engenharia, a parte de fiscalização e a parte educativa, que são as pessoas que têm a decisão de fazer o trânsito seguro. De nada adianta uma rodovia estar com os equipamentos corretos, com a sinalização adequada se a própria pessoa usa essa rodovia com excesso de velocidade”, explicou o servidor.
Fleming pontuou ainda que a vida humana precisa ser levada a sério e, também no trânsito, todo o cuidado para protegê-la é necessário e esta deve ser a linha de raciocínio de qualquer pessoa que vá se expor ao trânsito em cima de uma motocicleta. “A pessoa que vai subir numa motocicleta tem que entender que ela é responsável pela própria vida”, ressaltou.
PB Agora