O pesquisador Angelo Emiliavaca, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (PPGEM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), criou um protótipo de asa aeronáutica capaz de se adaptar quando acionada por atuadores de Liga com Memória de Forma (LMF). A LMF é uma liga metálica que memoriza sua forma original, de modo que, após deformada, ela pode retornar ao formato anterior quando sofre aquecimento.
Sob a orientação do Prof. Cícero da Rocha Souto, do Centro de Engenharia de Energias Alternativas e Renováveis (CEAR), o objetivo da pesquisa é produzir, em âmbito nacional, uma tecnologia-base para o desenvolvimento de aeronaves adaptativas e transferir essa tecnologia para empresas do setor aeroespacial. O protótipo, denominado de SMArt Morphing Wing, envolve mecanismo de reconfiguração, sistema de acionamento, projeto da pele e sistema de controle da asa.
Desenvolvido no Laboratório de Sistemas e Estruturas Ativas (Lasea) da UFPB, o projeto utilizou prototipagem rápida (impressão 3D) para construir a estrutura, assim como atuadores de LMF comercialmente disponíveis. Durante as testagens realizadas, o protótipo foi capaz de reconfigurar seu formato em diferentes condições de voo.
Com o progresso identificado, o protótipo alcançou o nível 4 de maturidade tecnológica TRL (Technology Readiness Level – escala internacional utilizada para avaliar tecnicamente uma tecnologia). A expectativa, agora, é o aprimoramento de um protótipo ainda mais robusto, que deve ser testado em uma aeronave de escala reduzida.
Segundo Angelo Emiliavaca, o projeto, que foi idealizado em 2013, sempre esteve em consonância com outras iniciativas nacionais e internacionais para o desenvolvimento de aeronaves mais eficientes.
“Em princípio, a ideia era apenas fazer um aerofólio que se reconfigurava utilizando atuadores com Liga de Memória de Forma. Com o avanço do projeto, criar a tecnologia base para reconfiguração da asa aeronáutica passou a ser o nosso foco. No momento, dispomos de uma plataforma de demonstração da tecnologia com um protótipo a ser testado em túnel de vento. A pesquisa segue em curso com objetivo de ampliar ainda mais sua otimização”, detalhou o pesquisador.
O doutorando pontuou que o crescimento da indústria aeroespacial brasileira depende de estudos de base e estudos avançados para a produção de tecnologias voltadas para o setor.
“Esse processo de certificação para o setor aeroespacial é bastante criterioso e tem como preceito básico testes exaustivos em laboratório, utilizando demonstradores aeronáuticos antes de ser embarcado em aeronave como um sistema ou subsistema”, explicou.
O atual protótipo já teve seu pedido de patente depositado e aguarda avaliação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Paralelamente, o estudo tem servido de base para outros trabalhos correlatos e também para submissões de projetos do pesquisador a editais de fomento ao estudo científico.
A tese de Angelo recebeu menção honrosa na 16ª Edição do Prêmio CAPES de Tese. O Prêmio, cujo resultado foi publicado neste mês de setembro, é um reconhecimento aos melhores trabalhos de doutorado defendidos em programas de pós-graduação do Brasil.
Da Redação com UFPB
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