O Partido Liberal (PL) intensifica a pressão no Congresso Nacional pela votação do projeto que propõe anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A proposta, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está no centro das atenções da direita conservadora, enquanto a esquerda resiste à discussão sobre o tema.
O projeto busca dar anistia às pessoas envolvidas na invasão das sedes dos Três Poderes e já está sendo considerado um dos principais focos da bancada de Bolsonaro. No entanto, o ex-presidente, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente incitar os atos, nega o desejo de ser anistiado e defende sua inocência.
Para acelerar a tramitação da proposta, a pressão do PL se concentra no presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a urgência do projeto. A urgência permitiria que o texto fosse votado diretamente em plenário, sem passar pelas comissões da Casa. No entanto, Motta, que está fora esta semana em viagem oficial a países da Ásia, ainda não se comprometeu a dar andamento à proposta, destacando que a decisão deve ser tomada pelos líderes partidários.
Motta inclusive afirmou ontem (27), à imprensa e interlocutores que no momento, é “zero” a chance de pautar no plenário da Casa o projeto de anistia a condenados por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
O PL, contudo, promete continuar pressionando, inclusive com a ameaça de obstrução das votações da Câmara, caso o requerimento de urgência não seja pautado.
PB Agora