Em dia decisivo para o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), correligionários ainda avaliam o movimento pacificador de Renan ao elogiar, ontem, o presidente Michel Temer com a nomeação de Torquato Jardim para o ministério da Justiça. A bancada peemedebista se reúne hoje, às 15h, para decidir se Renan fica na liderança, já que tem adotado uma postura de oposição ao governo. Antes do encontro, a cúpula peemedebista buscará saídas e analisará as recentes ações do alagoano. Em pronunciamento, o senador criticou a Operação Lava-Jato, classificando as delações e prisões preventivas como perseguição política, e, ao contrário da postura ácida que tem tido em relação ao governo, elogiou a troca de ministros.
“Cumprimento o presidente Michel Temer pela nomeação de um ministro da Justiça digno do nome, que pode exercer neste momento difícil papel de interlocução na vida nacional”, declarou referindo-se à recente nomeação do jurista Torquato Jardim para o Ministério da Justiça. Ainda no pronunciamento, Renan agradeceu a visita de Michel Temer a Alagoas, cuja população está sofrendo com as enchentes (leia mais na página 6). “Acredito que a significativa visita terá um desdobramento satisfatório para corrigir injustiças contra o povo alagoano”, afirmou.
O sinal amistoso a Michel Temer e à bancada do PMDB às vésperas da reunião foi recebido como um alento. “A nossa melhor expectativa é que o senador se conciliasse e se entendesse com o governo. A bancada precisava de alguém que falasse pela maioria e ele é um senador com muita influência na Casa, muito importante nas articulações, então essa sinalização dele (Renan) é recebida com muito otimismo pela bancada”, afirmou o senador Raimundo Lira, do PMDB paraibano.
Combativo
Michel Temer tornou-se alvo de duras críticas feitas pelo correligionário Renan Calheiros desde o mês passado. O líder do partido do governo no Senado endureceu o discurso contra as reformas, que são o carro chefe do Planalto, e às citações ao presidente nas investigações da Lava-Jato. Mantendo o olho em 2018, a postura de Renan não surpreendeu os colegas — ele também abandonou o governo Dilma Rousseff no auge da crise que resultou no impeachment. Na semana passada, quando o governo atravessava a tempestade provocada pelas delações dos irmãos Batista, da holding J&F, Renan sugeriu a renúncia de Temer.
Na última quinta-feira, 14 dos 22 senadores do PMDB já haviam se reunido para discutir a possibilidade de afastamento de Renan da liderança da bancada. A postura de Renan contrária às reformas incomoda parte da bancada, que afirma que a opinião dele não reflete a da maioria. Ontem, ao ser questionado sobre a reunião, Renan mostrou-se tranquilo: “A essa altura da minha vida, o que eu posso temer? Não temo nada. É fundamental que a bancada converse, estabeleça as diretrizes e as prioridades e decida o que quer fazer. A bancada, e não o governo (…) Cada dia com sua agonia. Amanhã (hoje) será um momento importante para a bancada decidir que país deseja ajudar a construir.”
Correio Braziliense
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