A operação deflagrada pela Polícia Civil contra o ator paraibano José Dumont, de 72 anos, encontrou cerca de 240 arquivos de pornografia infantil, totalizando 98 megabytes, entre fotos e vídeos, em um computador e no celular do artista paraibano. Ele não pagou a fiança de R$ 40 mil arbitrada, passou por audiência de custódia na tarde desta sexta-feira (16) e a prisão preventiva foi mantida.
Segundo o jornal a Folha de São Paulo, ao ser indagado a respeito das imagens pelos agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítimas (DCAV), o ator disse que “apenas realizou pesquisas em plataformas usuais, afirmando que as pesquisas se destinam exclusivamente a um estudo para a futura realização de um trabalho acerca do tema, sem tabus ou filtros e que tal pesquisa se faz necessária para exercer sua profissão”, diz relatório do caso.
Ainda segundo a polícia, o ator disse que “extraiu a totalidade das imagens da internet” e que “não participa de grupos com trocas de imagens infantis pornográficas”. Ele também negou ter fotografado, filmado, comprado ou vendido material do tipo.
Uma das imagens encontradas mostra a penetração do pênis de um homem em um menino e foi encontrada no seu celular. “Verifica-se que a referida imagem se encontra na pasta câmera, o que indica a possibilidade de ter sido produzida pela câmera do aparelho apreendido”, apontou um policial, em documento. As imagens vão passar por perícia, para tentar confirmar a suspeita.
Outro vídeo, que contém sexo entre um grupo de meninos, um policial apontou que “devido à qualidade das imagens, é possível perceber que se trata de uma filmagem realizada de alguma tela de computador ou aparelho similar”.
Globo afasta ator
Dumont estava escalado para interpretar um explorador de menores na novela “Todas as Flores”, primeira produção original da Globoplay. Segundo a sinopse, o personagem abriga crianças que pedem esmola em um ônibus abandonado onde ele mora.
“Diante dos fatos noticiados, a Globo tomou a decisão de retirá-lo da novela. A suspeição de pedofilia é grave. Nenhum comportamento abusivo e criminoso é tolerado pela empresa, ainda que ocorra na vida pessoal dos contratados e de terceiros que com ela tenham qualquer relação”, afirmou a emissora.
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