A pandemia do coronavírus que tem atingido várias cidades do país e que já chega a um saldo de quase 1 mil mortos no Brasil pode alterar o calendário eleitoral e empurrar para concretização a tese de unificação das eleições para 2022, extinguindo, dessa forma, a realização do pleito a cada dois anos, e criando um novo cenário com apenas um pleito geral a cada quatro anos.
A tese está sendo defendida por vários políticos paraibanos, que veem no atual momento a oportunidade para efetivar a medida. O ex-senador Cícero Lucena (PP) é um dos que defendem a teoria. Para ele, o momento é de salvar vidas e não de pensar em eleição. Aliado a isso, os recursos do fundo eleitoral que seriam destinados aos partidos seriam, por tabela, investidos no combate à pandemia.
“Nesse momento que o país está vivendo, nessa necessidade de união e solidariedade, acredito que as pessoas têm que tirar as suas vaidades, os seus desejos, os seus sonhos e eu acho que chegou a hora de o povo se unir e cobrar da classe política como um todo para que possamos fazer a coincidência da eleição de prefeito e vereador para daqui a dois anos. Esse é o momento de oração, de solidariedade, não de disputa política ou eleitoral. Já dei a opinião a alguns parlamentares para que aproveitem os recursos do fundo partidário e voltar para um tratamento eficiente da área de saúde, até porque se Deus quiser isso passa”, ressaltou.
O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, João Corujinha (PP), também endossou a tese não apenas de unificação das eleições para 2022, como também da destinação dos recursos do fundo partidário para o combate ao coronavírus.
“Nós estamos passando por uma situação muito difícil nesse momento, não é para pensar em eleição, podemos adiá-la sim, acho que é o pensamento de muitos, o custo de uma eleição é muito alto, por que não prorrogar para unificar as eleições? Então sou contra que haja eleição esse ano e sou a favor que os recursos do fundo partidário sejam destinados para saúde”, destacou, ao ressaltar que grande parte da população hoje passa necessidade.
PB Agora