Faltam medicamentos e médicos, praças abandonadas, ruas sem infraestrutura e educação precária. Esses são alguns problemas que os moradores do município de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, que concentra o terceiro maior PIB (Produto Interno Bruto), enfrentam. Situação denunciada por aqueles que já estavam insatisfeitos com a administração pública e com a prisão do prefeito, vereadores (incluindo a primeira-dama que era vice-presidente da Câmara) e alguns aliados só reforçou essa situação.
Ontem, em cada ponto da cidade, o assunto que não saía da boca dos cabedelenses foi à ausência de um gestor, pois o vice-prefeito também foi afastado durante a Operação Xeque-Mate.
Na saúde, a doméstica Luzia Freire Flor reclamou da falta de medicamentos. Há pelo menos dois dias ela busca atendimento para a prescrição de uma receita médica, mas não consegu por falta de profissional. Ontem ela foi à Unidade de Saúde da Família João Roberto (USF), no Centro, mas a médica não tinha ido trabalhar.
“Faz uns três meses que vou até a Secretaria, porque só pega lá, e não tem o remédio que eu tomo controlado. Eu estava comprado. Só que não dá para ficar comprando. Vim no posto, mas não tem médico e me deram uma declaração para ir até o outro posto e conseguir a receita”, informou.
A moradora Genilsa da Silva reclamou de uma creche, na Rua Campina da Vila, Centro, abandonada há quase dois anos. “Está fechada e só serve para a bandidagem. Isso poderia ser aberto para oferecer emprego para a população e atender as mães com filhos pequenos”, afirmou.
Nas escolas, uma funcionária, que é professora do município e preferiu não ser identificada, reclamou da qualidade do ensino. “É muito fraca e a estrutura não é boa”, revelou. Ontem, as escolas funcionaram, mas os alunos foram liberados mais cedo, pois os funcionaram foram acompanhar a eleição do prefeito interino.
A secretária de Infraestrutura Cabedelo, Erika Gusmão, informou que nos últimos dias equipes foram destinadas para fazer a limpeza das galerias por conta do período chuvoso que estava acontecendo na cidade. “Havia alguns locais com entupimento e que precisava desse serviço. Já em relação às praças há um planejamento para a manutenção delas”, disse.
Redação com Correio da PB