Na Paraíba, o total de pessoas residindo em apartamentos cresceu 155,8% em doze anos, tendo passado de 175.235 para 448.329 moradores, entre 2010 e 2022. Com isso, a participação desse grupo no total dos moradores em domicílios particulares permanentes passou de 4,7% para 11,3%, respectivamente, um crescimento 6,6 pontos percentuais (p.p.). As informações foram divulgadas pelo IBGE, nesta sexta-feira (23), na publicação “Censo 2022: Características dos domicílios – Resultados do universo”.
Essa tendência de elevação gradual de pessoas residindo em domicílios do tipo “Apartamento”, revelada pela comparação entre o Censo Demográfico de 2010 e o de 2022, ocorreu em todas as Unidades da Federação. A proporção paraibana de moradores nesse tipo de domicílio ficou abaixo da média nacional (12,5%), mas acima da verificada no Nordeste (7,9%), sendo a maior entre os estados da região, seguida pelas de Pernambuco (10%), Sergipe (9,5%) e Bahia (8,2%).
Na Paraíba, as maiores proporções de residentes em apartamento foram encontradas em João Pessoa (37,5%), Cabedelo (20,5%), Campina Grande (15,4%), Itaporanga (10,4%), Guarabira (8,4%), Pombal (8%), Patos (7,1%) e São Bento (6,2%), enquanto em 14 municípios não havia moradores nesse tipo de domicílio.
De forma geral, o recenseamento de 2022 mostrou que, na Paraíba, do total de 3,959 milhões de moradores em domicílios particulares permanentes, 86,9% (3,440 milhões) residiam em casas, 11,3% em apartamentos (448.329) e 1,7% (66.702) em “casa de vila ou em condomínio”. Em conjunto, os tipos “casa” e “casa de vila ou em condomínio” reuniam 88,6% da população.
Foi constatado ainda que a população paraibana residindo em casas reduziu-se de 3,522 milhões, em 2010, para 3,440 milhões, em 2022, uma variação de -2,3%. Desse modo, a participação dessa população no total dos moradores em domicílios particulares permanentes caiu 7 p.p, passando de 93,9% para 86,9%, a menor entre os estados nordestinos.
O levantamento mostrou também que em 219 municípios paraibanos o percentual de residentes em casas era superior a 91%, sendo que em seis deles essa taxa era de 100%: São José de Princesa, Joca Claudino, Santa Inês, Gado bravo, Frei Martinho e Areia de Baraúnas. As menores proporções de moradores em casas ficaram com João Pessoa (57,6%), Cabedelo (72,3%), Campina Grande (82,8%) e Itaporanga (89,5%).
Já nos domicílios do tipo “casa de vila ou em condomínio”, os municípios com as maiores proporções eram Cabedelo (6,6%), João Pessoa e Bayeux (ambos com 4,7% cada), São Miguel de Taipu (4,5%), Santa Rita (3,4%) e Conde (3%), enquanto em 77 municípios não havia moradores nesse tipo de classificação domiciliar.
A exemplo de Censos Demográficos anteriores, o levantamento de 2022 revelou um amplo predomínio dos domicílios do tipo “casa”, na Paraíba e em todo o país. Do total de 1,372 milhão de domicílios existentes no estado, 85,1% (1,167 milhão) eram casas, 13% eram apartamentos (179 mil unidades) e 1,8% correspondiam ao tipo “casa de vila ou em condomínio” (24 mil unidades). As categorias “habitação em casa de cômodos ou cortiço” (0,1%) e “estrutura residencial permanente degradada ou inacabada” (0,02%) eram residuais, não tendo sido encontrado nenhum domicílio do tipo “habitação indígena sem paredes ou maloca”.