Índios potiguaras do município de Baía da Traição, no Litoral Norte, começaram, nessa quinta-feira (23), a vacinar seu rebanho de 1.700 animais contra a febre aftosa. A vacinação, assistida pelo secretário do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), Marenilson Batista, por técnicos da Defesa Agropecuária e da Fundação Nacional do Índio (Funai), aconteceu na Aldeia Forte, na propriedade do indígena Marcos Antonio Gomes. A campanha de vacinação teve início no dia 4 de maio e se encerra no próximo dia 31. A segunda etapa acontecerá em novembro.
O secretário Marenilson Batista alerta, mais uma vez, os criadores de bovinos e bubalinos de todo o Estado sobre a necessidade do rebanho paraibano ser vacinado contra aftosa. “Estamos percorrendo a Paraíba e essa vacinação assistida na Aldeia Forte demonstra o esforço do Governo do Estado de percorrer todas as áreas. Aqui encontramos a parceria com a prefeitura de Baía da Traição e com a Funai para que o rebanho dos potiguaras seja vacinado”, declarou.
De acordo com o técnico agrícola da Funai, Luiz Pereira, o rebanho atual de propriedade de criadores indígenas é de 1.700 animais. Desde 2002, a Funai adquire vacinas para imunizar os rebanhos dos potiguaras. Este ano, os animais também estão sendo vacinados contra raiva e brucelose.
O potiguara Marcos Antonio Gomes possui hoje 140 bovinos. Nos últimos meses, por causa da seca, perdeu 50 bezerros. “É importante vacinar porque o animal vacinado fica sadio e não causa prejuízo para a gente”, observou. O criador está orientando os demais potiguaras a não deixar de vacinar o gado contra aftosa. A indígena Iracy Cassiano também fez questão de vacinar seu rebanho.
O prefeito de Baía da Traição, Manoel Messias, que é índio potiguara, destacou o papel do Governo do Estado em promover aos agricultores familiares e aos criadores em geral as condições para que todos cuidem de seus rebanhos dentro dos padrões exigidos pela sanidade animal. “O papel do Estado é fundamental nessa campanha em parceria com os municípios para que a população consuma uma carne de qualidade”. A cidade tem 8 mil habitantes e 82% são indígenas.
O cacique Sandro fez questão de ressaltar a atenção que o governador Ricardo Coutinho tem dado ao povo potiguara em todas as áreas. Aos indígenas que têm bovinos recomendou: “Peço a todos a vocês que cada um criador passe a mensagem para os demais, para que a gente possa vender bem nosso gado”.
Vacinação – “Não basta vacinar, tem que comprovar” é o que diz um dos cartazes da campanha desta primeira etapa. Para ter acesso à políticas públicas na área da agropecuária, o produtor rural tem que vacinar seus animais e comprovar a vacinação, a exemplo dos programas de distribuição de ração animal e da aquisição do milho fornecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A dose da vacina é de 5 ml e deve ser mantida à temperatura de 2 a 8 graus centígrados. Os criadores devem ficar atentos para os três passos da vacinação:
– Adquirir as doses da vacina em farmácias veterinárias credenciadas na Sedap, guardar a nota fiscal e a ficha de comprovação da vacinação.
– Aplicar a vacina na tábua do pescoço do animal.
– Levar o documento anexo 13, a nota fiscal e os frascos vazios das vacinas até um escritório da Defesa Agropecuária ou a um escritório de atendimento no município para comprovar e atualizar o cadastro do rebanho.
Redação com Assessoria
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