Por pouco não foi uma tragédia. Esta semana uma barragem de laje estourou na cidade de Pocinhos, no Agreste da Paraíba, e deixou o Corpo de Bombeiros, a Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA) e a Defesa Civil em alerta.
Em meio ao drama das famílias atingidas pelo rompimento, a prefeita de Pocinhos Eliane Galdino, descartou a possibilidade de reconstruir a barragem que arrastou cinco casas, e deixou 17 pessoas desalojadas. Ela revelou que a gestão planejava destruir o reservatório por oferecer risco a população.
“Esse tanque que rompeu não vamos refazer, vai ficar inativo, já era uma pretensão de destruir”, disse.
No dia do acidente, a Prefeitura de Pocinhos montou uma força-tarefa para atender às vítimas do rompimento de um reservatório. Casas foram destruídas e há feridos que foram socorridos para o Hospital de Trauma de Campina Grande.
A prefeita informou que anos atrás o Município teria tentado desativar o reservatório que rompeu, mas que não foi possível na ocasião.
“Esses reservatórios são públicos e faz muitos anos que foram construídos em cima da pedra. Construíram sem ter alicerce, na época que Adriano (Galdino) foi prefeito tentou derrubar, mas a população não deixou”, explicou.
Segundo a prefeita, no mesmo local onde ocorreu o acidente existem dois tanques bem maiores. “Inclusive o pessoal da Defesa Civil e Aesa vistoriariaram os dois reservatórios. A barragem de Burity é grande, já no meu mandato já fizemos um reparo no balde da barragem”, garantiu.
A Agência Executiva de Gestão das Águas , e o Corpo de Bombeiros seguem inspecionando as barragens existentes em Pocinhos, e construídas em cima de pedras, semelhante a barragem do Cajueiro. Uma equipe do CB segue de plantão, esvaziando os reservatórios para evitar que uma nova tragédia aconteça.
A secretaria de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Pocinhos informou que os tanques foram construídos na década de 1970 pelo Poder Público, e que as casas também são construções antigas. Informou, ainda, que acompanha o caso e que está oferecendo assistência aos moradores, as realocando para locais seguros.
A suspeita é que a barreira do reservatório tenha cedido pela força da água acumulada nos últimos dias, quando chuvas fortes foram registradas. Segundo moradores, o reservatório estava cheio e algumas pessoas deixaram as casas antes do rompimento.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, anunciou ações para amenizar os estragos provocados com o rompimento de um reservatório. Segundo o ministro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) editou duas medidas provisórias que preveem o envio de R$ 1 bilhão em recursos para locais atingidos por desastres, além de ajuda humanitária e reconstrução das áreas atingidas.
Severino Lopes
PB Agora
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