O secretário de Finanças do município de Tavares foi preso e seu irmão, o prefeito Aílton Suassuna (MDB), foi indiciado durante Operação República, realizada na última quarta-feira (14). Eles são acusados de ter cobrado propina como condição para o pagamento pela aquisição de dois veículos pela administração municipal.
A denúncia foi formulada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e autorizada pelo desembargador Arnóbio Alves Teodósio com base em investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com o órgão, uma operação controlada foi montada após denúncia formulada pelo dono da concessionária e, desta forma, foi possível obter o flagrante. A ação, batizada de Operação República, contou com participação também da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deccor).
O proprietário de uma rede de concessionárias do Sertão revelou que venceu uma licitação e que no dia em que foi divulgado o resultado do certame, um funcionário da empesa dele, teria sido procurado pelo prefeito. Ainda de acordo com a denúncia, o gestor do município, pessoalmente, teria pedido o pagamento de propina para “facilitar” o pagamento. O funcionário teria dito ao prefeito que a empresa não trabalhava com o pagamento de vantagens, assim, segundo o delator, o gestor teria pedido o contato do dono da concessionária.
Segundo o MPPB, mensagens teriam sido enviadas pelo prefeito ao empresário através de um aplicativo sugerindo um encontro. Quem compareceu ao encontro não foi o prefeito, mas sim o secretário de Finanças, Michael Suassuna, irmão do gestor. Após a negociação de R$ 2 mil em propina, revela a investigação, Suassuna teria liberado o pagamento das faturas referentes à compra dos carros.
O secretário de Finanças foi preso em flagrante, após o recebimento do dinheiro pago pelo empresário, em Patos. Entre as acusações que pesam contra os dois estão crimes de responsabilidade de prefeito municipal, peculato, concussão, corrupção passiva e organização criminosa.
PB Agora
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