Após mais de dois meses de angústia e incerteza, Maria de Lourdes do Nascimento, mãe do paraibano André Alves, detido em Paris, declarou em entrevista que prefere ver o filho preso do que morto. André, que estava desaparecido desde novembro de 2024, foi encontrado em um centro penitenciário na capital francesa, suspeito de envolvimento em tráfico de drogas.
“Quando soube da prisão pela imprensa, fiquei muito abalada, mas, depois, veio o alívio de saber que ele está vivo. Coração de mãe nunca se engana”, afirmou Maria de Lourdes, emocionada.
André, natural de Campina Grande e residente há 15 anos em Joinville (SC), havia iniciado uma viagem pela Europa em novembro. No dia 6, entrou em contato pela última vez com a família, informando que estava em Paris e pretendia seguir para Amsterdã, na Holanda. Após sua ausência prolongada, a Interpol foi acionada, incluindo seu nome na Difusão Amarela para facilitar a localização.
A Polícia Federal na Paraíba confirmou que André está em prisão preventiva no centro penitenciário de Fleury-Mérogis, com previsão de permanência até 6 de março. Ainda não há informações se ele retornará ao Brasil para cumprir eventual pena.
Apesar do choque inicial, Maria de Lourdes não ameniza a situação do filho e incentiva outras mães a agirem com responsabilidade. “Se seu filho errou, ele deve pagar pelo erro, mas isso não muda o amor que sentimos. Ele continua sendo meu filho, e vou apoiá-lo, mesmo nesta situação.”
A mãe também rebateu especulações sobre antecedentes criminais de André. “Ele sempre trabalhou. Não sei o que aconteceu, talvez amizades erradas. Mas jamais imaginávamos algo assim.”
A história de André Alves reforça os desafios enfrentados por famílias em situações de desaparecimento e prisão no exterior, destacando o papel crucial da Interpol e das autoridades brasileiras no esclarecimento de casos internacionais. Para Maria de Lourdes, o pior já passou: “Graças a Deus, acabou a agonia. Ele está vivo, e isso é o mais importante.”
PB Agora