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Presidente da FIEP convoca entrevista e se defende das acusações da Operação Cifrão

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O presidente da Federação da Indústria do Estado da Paraíba (Fiep), Francisco Buega Gadelha, rebateu as acusações feitas no desdobramento da “Operação Cifrão”.

Como um dos mais respeitados empresários paraibanos, Buega convocou a imprensa campinense, no final da tarde desta quinta-feira (02) para se defender das acusações que relacionam o envolvimento do Departamento Regional do Sesi com a Operação Cifrão.

Durante a entrevista ele negou as acusações de fraude à licitação, superfaturamento em obras, peculato e lavagem de dinheiro, e apontou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar suspendendo as investigações.

“Não tenho nenhuma culpa no cartório, nada vai acontecer, como não aconteceu na primeira. Na primeira, eu sequer fui denunciado, sequer indiciado. O STJ acaba de conceder liminar suspendendo toda a investigação, não prosseguiu nenhuma investigação. Eu não fui citado nem indiciado como mal versador de recursos de maneira nenhuma até porque a Justiça Federal não é o foro competente para decidir sobre supostos crimes no Sistema S. Isso é da alçada da justiça comum”, disse.

Para ele as investigações surgiram ‘do nada’ e são equivocadas porque o Sistema sequer utiliza dinheiro público.

“Não entendo de onde vem isso, de onde está surgindo esse negócio. ‘Acaba o de Recife, vamos continuar em Campina Grande’, aliás começa falando do assunto passado, está sempre voltando. Parece uma corrente organizada, orquestrada para atacar o Sistema S, porque Sesi e Senai da Paraíba vão extraordinariamente bem financeiramente. Isso não vai dar em nada porque não tem nada a ver com o que fazemos. Não somos funcionários públicos, não usamos dinheiro público”, destacou.

Sereno mas enfático ele disse que não havia condições de ter havido crime de peculato, pois os recursos usados pelos ‘Sistema S’ é privado.

– Não fazemos nada com recursos públicos. É tudo privado e, jamais, poderia haver crime de peculato dentro do ‘Sistema S’ porque peculato é desvio de dinheiro público feito por funcionário público – contou.

Buega também negou as acusações de fraudes e irregularidades em obras.

– Na realidade em muitas das licitações e obras são exigidos depósitos de 5% a 10% e, quando eu fui fazer esse tipo de licitação pela primeira vez, é que aconteceu, umas duas a três vezes, que a empresa não cumpria com as responsabilidades e simplesmente sumia e nós tínhamos que terminar a obra por conta própria. Mas o regimento interno do Sesi e do Senai tem. E eu fui ao TCU em João Pessoa e perguntei se eu poderia fazer licitação exigindo os 5% ou 10% e ele disse: ‘não só pode, como deve’ – disse.

Antes de encerrar a coletiva Buega observou que “é muito fácil acusar as pessoas, sendo dificil provar”

‘Acusar as pessoas é muito fácil, o difícil é provar. E eu estou sempre pronto a provar, como neste caso de dizer que os recursos usados não são públicos, mas vão ver que os recursos são privados”, contou.

Severino Lopes
PB Agora

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