Diferentemente das eleições de 2018 e de 2020 quando a oposição deixou para os 45 minutos do 2º tempo a definição sobre o nome que iria concorrer à cabeça de chapa, representando o bloco, para as eleições de 2022, a estratégia será divergente. Pelo menos é esse o entendimento do presidente do PSDB na Paraíba, deputado federal Pedro Cunha Lima, que defende que o nome seja escolhido já em 2021, para chegar a 2022 consolidado e com chances reais de vitória.
Segundo ele, a oposição terá um enorme desafio no próximo ano e por isso precisa unir forças já agora. Ele apontou o nome do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), como o mais forte para a disputa, mas não descartou o seu próprio nome e até mesmo o da senadora Daniella Ribeiro (PP) entre as opções, tendo em vista que ela já faz parte do seu grupo político com Bruno Ribeiro (PP) em Campina Grande e que há uma ‘torcida interna’ para que haja também o desembarque do progressista, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP), na composição da chapa ao Senado Federal.
“Eu acho que a gente tem que ter unidade e compreensão que vamos ter um baita desafio [2022]. Como existe uma máquina pública que funciona por um projeto político, já tem uma disputa desigual e é difícil vencer a máquina. Temos que ter uma unidade e uma estratégia que seja condizente com um agrupamento de pessoas que querem montar uma candidatura competitiva. Eu tenho admiração pelo prefeito Romero, o nome fica em torno dele como o principal, tenho profunda admiração e voto nele com muito gosto. Estou muito longe de ser problema, em relação a Romero eu sou entusiasta. Mas defendo que a escolha tem que ser ainda esse ano”, disse o deputado.
Questionado sobre a manutenção do Progressista em seu grupo, já que uma ala está aliada do governador João Azevêdo, Pedro disse que torce para que a parceria de décadas se mantenha também em 2022.
“Eu tenho uma torcida muito grande para que eles fiquem no nosso campo, a gente já está junto em Campina, onde Lucas [filho de Daniella] é vice do prefeito Bruno. Agora o funcionamento partidário no Progressistas cabe a eles decidir. Sobre Daniella sim, é claro [candidata do grupo]. Acho que todos os nomes e tenho dito isso, todos que estão dispostos a fazer essa frente de oposição são legítimos e todos devem ser avaliados e testados”, pontuou.
As declarações do tucano repercutiram na noite de ontem, durante entrevista ao programa Frente a Frente da TV Arapuan.
PB Agora