Cerca de 66 mil paraibanos sobrevivem da pesca, mas os números do setor indicam que a atividade está em crise. O Estado, que já chegou a produzir cerca de 17 mil toneladas de pescado, sofreu com o declínio da pesca do atum e do cultivo do camarão, em 2000, e hoje produz 29% a menos – 12 mil toneladas.
Em 10 anos, o número de pescadores dobrou, passando de aproximadamente 10 mil para 20 mil, mas a redução dos estoques pesqueiros, agravada pela pesca predatória, torna a atividade cada vez menos rentável. Um dos casos mais emblemáticos é o da pesca da lagosta, cujo preço já caiu até 78,13% desde 2007. Outro problema é a ação dos atravessadores, que encarece em até 125% os pescados que chegam à mesa do consumidor.
O superintendente federal de Aquicultura e Pesca na Paraíba, Anísio Maia, admite que “em termos de pesca, a nossa produção está estagnada”. Mas ele destaca que, apesar do quadro preocupante, os números de produção já não são tão ruins quanto os registrados em 2002, quando a produção do Estado caiu para 6 mil toneladas de pescado. “A Paraíba já produziu 17 mil toneladas de pescados.
A partir de 2000, houve um declínio com a queda na produção do atum e camarão de cultivo, passamos a 8 mil. Desde 2005, com o desenvolvimento da piscicultura, a nossa produção voltou a crescer. Hoje produzimos 12 mil toneladas. Isto representa um crescimento de 50%, em relação ao nível de 2002”, analisa.
Jornal Correio da Paraíba
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