O docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que estava sendo investigado por utilizar uma camisa do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) durante uma aula teve o processo administrativo arquivado pela Ouvidoria da instituição. Luciano Bezerra Gomes, de 43 anos, professor do curso de Medicina e coordenador do mestrado em Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde da UFPB, também foi acusado de exibir slides com a logomarca do MST em suas aulas, sendo tal ato considerado como “propaganda política”.
O ouvidor Hermann Atila, em seu despacho emitido nesta quarta-feira (20), não encontrou evidências suficientes para respaldar a denúncia, incluindo o uso de slides com logomarcas do MST, que foi o motivo inicial para a abertura do processo.
O parecer ressaltou ainda a inexistência de uma norma específica ou código de vestimenta que os professores devem observar ao se vestirem para ministrarem aulas no curso de medicina.
Contudo, o ouvidor sugeriu que os docentes “se apresentem com vestimentas que não possam gerar conflitos dessa natureza novamente”.
O professor discorda das recomendações finais da Ouvidoria, visto que no mesmo parecer o ouvidor afirma não haver uma definição clara do que seria considerado o uso apropriado de vestimentas conforme as normas estabelecidas.
“Ele recomenda isso a quem? O processo em questão (ou o cargo dele) não lhe confere autoridade para recomendar qualquer coisa que seja sobre o tema”, declarou o docente.
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