Categorias: Paraíba

Projeto de combate à poluição sonora começa nesta sexta-feira

PUBLICIDADE

 Fiscalizar e combater a poluição sonora nos municípios paraibanos. Este é o objetivo do projeto “Som Legal – Cidade Sossegada”, idealizado pelo Ministério Público da Paraíba, Polícias Civil e Militar, que começa a ser implementado, nesta sexta-feira (16), em municípios do litoral norte do Estado. De janeiro e novembro de 2014, foram registrados, na Paraíba, mais de 24 mil atendimentos de perturbação do sossego foram registrados no serviço “190”.

 

Segundo a promotora de Justiça Andréa Bezerra, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias do Meio Ambiente, nesta primeira etapa o foco do projeto será a parte criminal com atendimento da Polícia Militar das ocorrências de poluição sonora. Nesta quinta-feira (15), cerca de 60 policiais militares foram capacitados para um atendimento padronizado de fiscalização e combate às infrações de perturbação ao sossego alheio ou poluição sonora. A promotora destacou que a escolha de municípios do litoral para dar início ao projeto deve-se à grande concentração de pessoas por causa do veraneio.

 

O comandante do Batalhão de Polícia Ambiental, major Tibério Leite, informou que, a partir de agora, as pessoas que forem flagradas em situação de poluição sonora serão encaminhadas para a delegacia onde será lavrado um termo circunstanciado de ocorrência (TCO) e elas sairão com a data da audiência no Juizado Especial Criminal já marcada. O aparelho de som utilizado para a poluição será retido e só haverá devolução para o proprietário com autorização da Justiça.

 

O delegado-geral adjunto da Paraíba, Isaías Gualberto, destacou a ação em parceria do MP com as Polícias Civil e Militar e também a participação do Judiciário para o êxito do projeto. Ele falou ainda que é importante que a população se conscientize sobre a necessidade de respeitarem a legislação e não produzirem poluição sonora.

 

Andréa Bezerra informou que o Ministério Público estadual também deverá atuar de forma padronizada nos procedimentos policiais relacionados à poluição sonora e à perturbação do sossego alheio, inclusive, com a estipulação de cláusulas especiais nas transações penais e termos de ajustamento de conduta sobre cursos de educação ambiental a ser ministrado pelo Batalhão Ambiental; a destinação de multas aplicadas no Juizado Especial Criminal, sobre a aquisição de decibelímetros e outros equipamentos destinados ao combate à poluição sonora, por exemplo.

 

Legislação

 

A coordenadora do Caop do Meio Ambiente disse que as pessoas flagradas em situação de poluição sonora podem ser enquadradas em dois artigos da Lei de Contravenções Penais. O primeiro é o artigo 42, que trata de perturbação do sossego. “Com o enquadramento no artigo 42 da Lei das Contravenções Penais a coletividade é a vitima (delito de ação penal pública incondicionada), não necessitando da indicação de uma vítima determinada para constatação do delito”, acrescentou a representante do MPPB. Neste caso, a pessoa pode ser condenada a prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa.

 

Já para o enquadramento no artigo 65 (molestar alguém ou perturbar-lhe a tranquilidade) é necessário ter uma vítima específica identificada. A condenação nestes casos pode resultar em prisão de quinze dias a dois meses ou multa.

 

Etapa educativa

 

A promotora Andréa Bezerra informou ainda que, a partir de março, será iniciada a etapa de educação ambiental. “Estaremos juntos com crianças e adolescentes, fazendo palestras nas escolas, para que eles se tornem multiplicadores da educação ambiental”, disse.

 

“Também vamos trabalhar junto a templos religiosos e empresas, por meio de termos de ajustamento de conduta, fazendo com estes se enquadrem aos limites sonoros permitidos, através de licenciamento ambiental”, disse a promotora de Justiça.

 

Estatísticas

 

O Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop) vai encaminhar, mensalmente, ao Caop do Meio Ambiente relatório estatístico de todas as denúncias verificadas, para fins de acompanhamento, fiscalização e mapeamento das áreas com maior incidência desde tipo de delito e, consequentemente, uma atuação ministerial mais enfática e precisa”, explicou a promotora de Justiça.

Redação com MPPB

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Inmet emite alerta de baixa umidade para 58 municípios da Paraíba

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou, neste sábado (04), um alerta de baixa umidade…

4 de janeiro de 2025

Família é resgatada após naufrágio em moto aquática no rio Paraíba

Uma família composta por um pai e seus dois filhos, de 17 e 11 anos,…

4 de janeiro de 2025

João Pessoa é destaque na BBC como destino turístico em alta no NE: de capital ‘esquecida’ a nova ‘queridinha’ do verão

A capital paraibana, João Pessoa, está em evidência internacional. Neste sábado (04), a cidade foi…

4 de janeiro de 2025

Operação Verão 2025 combate loteamento irregular da faixa de areia em Cabedelo

Na manhã deste sábado (04), na orla de Cabedelo, ocorreu a Operação Verão 2025, uma…

4 de janeiro de 2025

Foto de ministro de Lula ao lado de Cássio Cunha Lima em Camboinha aquece especulações sobre articulações políticas

Neste sábado (04), uma foto tirada em Camboinha, em Cabedelo, trouxe à tona um encontro…

4 de janeiro de 2025

Ossada humana é encontrada em região de mata próxima ao açude de Bodocongó, em CG

Uma ossada humana foi localizada na noite dessa sexta-feira (03) em uma área de mata…

4 de janeiro de 2025