Campus III da UEPB lançará projeto ‘Educação para os presos’, apoiado pelo Governo Federal
Um projeto de extensão principiado no Campus III da Universidade Estadual da Paraíba tem adquirido destaque não apenas no Estado, mas em âmbito nacional. Trata-se da iniciativa ‘Educação para os presos’, que será oficialmente lançada no dia 24 deste mês, às 16h, na Penitenciária João Bosco Carneiro, em Guarabira, com a presença da reitora Marlene Alves e do governador em exercício, desembargador Luiz Sílvio Ramalho Júnior.
Idealizado em 2006 pelo juiz e professor de Direito da UEPB, Bruno César Azevedo, o projeto tem como finalidade buscar soluções para a reintegração dos presos na sociedade e ocupar o tempo ocioso dentro dos presídios, através de atividades educacionais. A ação conta com o apoio do Poder Judiciário do Estado da Paraíba, do Governo Federal, por meio dos Ministérios da Educação e da Justiça, e da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI).
Uma das propostas efetuadas é a Rádio Alternativa Esperança, que funciona dentro da Penitenciária e conta com a atuação dos próprios presidiários, responsáveis pelas reportagens, edições, produções e apresentações dos programas – atividades que vem servindo de modelo para outras localidades brasileiras.
Prova disso foram as quatro visitas já realizadas ao município por representantes do Governo Federal, a exemplo da coordenadora nacional do Programa de Educação para os Presos, Regina Miki, a representante do Ministério da Justiça, Heloísa Grecco, e outros assessores do órgão, tendo em vista reproduzir a ideia paraibana em demais penitenciárias do Brasil e lançar um projeto de educação para os apenados, através deste meio de comunicação.
A partir do dia 24, será iniciado na Rádio o programa Literatura para Todos, que visa dinamizar a educação nas instituições penais e despertar nos detentos o poder da leitura e da escrita, além de melhorar o vocabulário e auxiliar na formação como cidadãos.
Em sua recente visita à Guarabira, Heloísa Grecco afirmou que o objetivo é estimular, de maneira saudável, fórmulas de educação não formais e possibilidades de ressocialização, além de trabalhar a leitura, escrita, criatividade, imaginação e projeção futura dos que vivem em presídios.
Para o professor Bruno Azevedo, a Penitenciária João Bosco Carneiro pode ser enxergada como um exemplo para o país, mostrando de forma inovadora um meio de comunicação que funciona no interior da unidade prisional.
Secom PB