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Projetos da UEPB contribuem para transformações sociais a grupos vulneráveis

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 Alguns dos objetivos dos projetos que são desenvolvidos na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) visam abordar as transformações de realidades que a sociedade apresenta, bem como estabelecer uma análise que envolva injustiças socioambientais e seus conflitos, além das desigualdades sociais e a assistência a
grupos vulneráveis. Com esse olhar, a atuação das pesquisas científicas da Instituição passam a fazer sentido na participação social que a Universidade precisar ter, apresentando resultados a partir da coleta e análise de dados de várias áreas de atuação.

Vinculados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), os projetos “Análise e predição de dados da incidência do Aedes Aegypti no Brasil com algoritmos de computação natural”,coordenado pelo professor Wellington Candeia de Araújo, do Câmpus de Patos, e “Estudo da violência sexual contra mulheres com deficiência e mulheres sem deficiência atendidas em instituição pública de referência”, sob a responsabilidade da professora Inácia Sátiro Xavier de França, Câmpus de Campina Grande, são exemplos de como a UEPB está engajada em temas de inserção social. Após utilizar o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), vinculado à plataforma DATASUS, o projeto de pesquisa do professor Wellington de Araújo coletou dados desde 2005 acerca da Dengue, de
2015 sobre a Chikungunya e de 2016 do Zika Vírus registrados nas cidades e que fazem parte do consórcio São Saruê (Assunção, Juazeirinho, Junco do Seridó, Livramento, Olivedos, Pocinhos, Santo André, Soledade e Taperoá). A partir disso, foi possível identificar fatores que indicaram o avanço das doenças na região.

“Após a análise dos dados conseguimos ter uma visão geral no que diz respeito a quantidade de pessoas que foram infectadas e ficaram doentes, bem como nos ajudou a entender a relação que o grande número de casos têm com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) desses municípios. Mesmo em períodos com
menos chuva, por exemplo, a incidência de casos era muito alto. Isso nos levou a apontar alternativas de combate a essas doenças, que passa principalmente no investimento no saneamento básico que é fundamental no combate às arboviroses”, disse Wellington.

Com a contribuição do aluno bolsista do curso de Ciências da Computação, do Câmpus VII, Marcos Jéferson de Souza, além de mais três estudantes voluntários, o próximo passo do projeto será utilizar as informações coletadas a partir de sites de buscas e das redes sociais por usuários que pesquisem sobre como combater
e prevenir essas doenças. Segundo o professor, esse tipo de pesquisa através dessas ferramentas podem ser um forte indicativo da continuidade da presença de doenças nos municípios. “As pessoas utilizam bastante a consulta nos sites de buscas e nas redes sociais para obter informações de como tratar determinadas doenças e também como desenvolver técnicas de combate ao Aedes Aegypti. Essas informações podem comprovar que as pessoas continuam doentes e o que deve ser feito para evitar a manutenção desse cenário.

Algo que foi possível identificarmos até aqui foi que o armazenamento inadequado de água tem sido fundamental para que os casos de Dengue, Zika e Chikungunya se mantenham em números expressivos em vários municípios”, acrescentou o professor. Ciente desse trabalho de inserção social que as pesquisas da UEPB proporcionam em várias frentes no Estado, a pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa, professora Maria José Lima, afirma que os pesquisadores da Instituição continuarão buscando alternativas para abordar os problemas sociais de modo que os resultados das atividades tragam uma melhora para os indivíduos envolvidos nesses cenários.“

A UEPB vem apoiando as pesquisas através desses projetos, como também na publicação dos docentes em revistas científicas, para cumprir com sua obrigação de contribuir para o desenvolvimento do Estado da Paraíba abordando problemas sociais, por exemplo. São inúmeras frentes de trabalho, seja no combate às arboviroses, tecnologias da Saúde, desenvolvimento e preservação do meio ambiente, além do olhar que temos desde a região do Semiárido até ao combate da violência contra a mulher”, destacou professora Maria José.

Sobre esse último tema, o projeto “Estudo da violência sexual contra mulheres com deficiência e mulheres sem deficiência atendidas em instituição pública de referência”, sob a responsabilidade da professora Inácia Sátiro Xavier, que também faz parte do PIBIC, tem abordado o assunto para buscar respostas sobre
como se dá a assistência às mulheres vítimas de relação sexual forçada. De acordo com ela, ao longo do ano de 2016 foram registrados seis casos de agressão em mulheres sem deficiência no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, o que não corresponde ao cenário de ataque que as mulheres
estão inseridas.

“Analisamos desde a aplicação do protocolo de atendimento de urgência que é feito na unidade de referência, o exame médico e de sangue para averiguar a transmissão de DSTs, a prevenção de gravidez, até o encaminhamento para a Psicologia e a rede social de apoio. Neste último item é que não temos uma
resposta se essas vítimas estão sendo amparadas, uma vez que muitas têm medo de denunciar o agressor, muitas vezes nem sequer registram queixa, por isso que em nossa avaliação a subnotificação dos casos é eminente nesse cenário”, acrescentou a professora. O projeto está vinculado ao Departamento

Redação com assessoria

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