O enterro do competidor de sinuca José Messias Guedes Oliveira, de 35 anos, foi marcado por protestos e revolta. O paraibano, morto em uma ação desastrosa da polícia do Ceará, foi enterrado no fim da tarde desta quinta-feira (2), na cidade de Patos, no Sertão.
Durante o enterro, amigos de José Messias levaram tacos de sinuca e uma faixa em protesto contra o erro da Polícia Militar do Ceará. “Não confundam meu taco de sinuca com armas de fogo”, dizia uma faixa.
O pai do motorista acredita que os policiais adotaram um procedimento errado e destaca que os outros ocupantes do carro não morreram “por um milagre”. Segundo ele, o filho não teria percebido que se tratavam de policiais e acelerou até uma cidade próxima. “A polícia fez um bloqueio para averiguar. Infelizmente não deu tempo fazer a barreira e os meninos se depararam com a viatura e os policias já atirando”, disse.
Eles estavam indo para um evento de sinuca. Um sobrevivente declarou no boletim de ocorrência que um policial relatou ter recebido ligação de um frentista denunciando que havia homens com fuzis em um veículo igual ao que eles estavam.
A secretaria da Segurança Pública informou que equipes da Polícia Militar foram acionadas para verificar uma denúncia anônima de “homens em atividades suspeitas em um carro”. Os militares foram até o local e avistaram o veículo na CE-371, iniciando uma perseguição. Segundo a nota, intermitentes e sinais sonoros foram ligados, mas o automóvel não reduziu a velocidade nem parou no posto rodoviário estadual de Campos Sales.
Redação
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