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Quark: partícula do crime

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Gustavo Ferraz Gominho, esteve a um passo de trocar o nome de Operação Quark pelo de Operação Libertação, na semana passada, justamente porque o início da movimentação das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária começou à meia-noite do dia 13 de maio (data em que se comemora oficialmente a Abolição da Escravatura no Brasil, desde os tempos do Império, em 1888, devido à assinatura da lei Áurea, pela princesa-regente Isabel).

Idealizador da nomenclatura

Quem argumentou em defesa do nome Quark foi o delegado Alan Murilo Terruel, que era um excelente aluno de Física quando estudava no colégio, ante de cursar a faculdade de Direito, formando-se depois como advogado. A ideia de batizar com esse código a mega-operação que mobilizou cerca de 300 homens armados foi dele e acabou convencendo o secretário de Segurança.

Delegado batizou operação

Gominho, como a maioria dos que foram alunos nos bancos escolares em sua época de estudante secundarista, sabe que a composição clássica do átomo é esta: prótons, elétrons e nêutrons. O delegado Alan Murilo, mais jovem do que ele, foi buscar nas apostilhas dos cursinhos pré-vestibulares os conceitos teóricos modernos sobre as menores partículas subatômicas, segundo a Física Quântica: quarks, léptons, férmions, hádrons, glúons, mésons e fótons.

Mantendo distanciamento

Pouca gente sabe que o secretário Gustavo Gominho manteve-se o tempo todo afastado propositalmente das investigações em torno do caso do assassinato da estudante de Enfermagem Aryane Thaís Carneiro, supostamente morta pelo seu próprio namorado e pai do filho que ela carregava no ventre, quando foi estrangulada, o também estudante (de Direito) Luís Paes Neto.

Secretário liberou investigação

É que uma irmã da falecida presta serviços domésticos na residência do secretário, que agindo assim, garantiu a total liberdade de ação e independência investigativa por parte da delegada Ilmara Borges, encarregada de conduzir o inquérito policial concluído no início desta semana. Gominho só teve conhecimento dos autos depois da entrevista coletiva concedida pela autoridade policial, na manhã de segunda-feira passada.

Gominho rebate Romero

Em relação às críticas desferidas contra o Governo do estado pelo deputado estadual Romero Rodrigues (líder da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa), que chegou inclusive a pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para enviar à Paraíba tropas integrantes da Força Nacional de Segurança, formada por soldados oriundos das polícias militares de todo o Brasil, Gominho prefere não polemizar:

Com atraso de seis anos

– Eu só acho que o nobre parlamentar está fazendo essa denúncia com seis anos de atraso, porque tal providência deveria ter sido requerida por Romero durante a gestão do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), quando ele era líder da bancada de situação e não agora.

Paraíba ajuda ao Brasil

Gominho explicou que não vê nenhum tipo de utilidade nesse tipo de solicitação, até porque a PM paraibana cede atualmente 60 policiais para a Força Nacional de Segurança (na foto acima), destinados a operações realizadas em outros Estados da Federação.


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