Vários recenseadores que estão fazendo o Censo 2022 na Paraíba, decidiram paralisar as atividades para reivindicar melhorias nas condições de trabalho e liberação de salários atrasados, em João Pessoa, Campina Grande e Cajazeiras. Na Capital, os profissionais se reuniram em frente à sede do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fica no centro histórico. A paralisação segue nesta sexta-feira (02).
Entre outras reclamações dos recenseadores estão o atraso de três semanas do pagamento do treinamento, a não informação prévia das taxas e valores dos setores, a não liberação do pagamento mesmo com a maior parte de um setor concluído, o não recebimento de ajuda para alimentação e a necessidade de voltar mais de quatro vezes na mesma casa em casos de ausência.
Segundo os recenseadores, existem alguns profissionais que estão a mais de 15 dias sem receber o dinheiro de um trabalho que já foi realizado. Para além da questão financeira, os recenseadores ainda sentem uma “complicação com a população”, levando em consideração que a etapa de trabalho deles foi “mal divulgada”.
O IBGE da Paraíba informou que o superintendente do instituto no Estado vai receber três recenseadores como representantes para promover um diálogo, nesta sexta-feira.
Em um balanço divulgado em agosto, o IBGE divulgou que ao menos sete recenseadores tinham sido vítimas de assalto em cidades paraibanas. Os casos aconteceram em cinco municípios.
Situações de violência também foram registradas em outros estados. No Rio Grande do Norte, um recenseador registrou boletim de ocorrência contra um morador do bairro da Redinha, em Natal. De acordo com o profissional, mesmo com as explicações do que se tratava a pesquisa, o homem se manteve irredutível e fez diversas ameaças contra o profissional.
Redação
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