Os restos mortais dos dois cemitérios submersos pela barragem de Acauã serão transferidos para novas sepulturas nos municípios de Itatuba (PB) e Aroeiras (PB), localizados a 117 e 146 km da capital.
A transferência foi definida em reunião do Ministério Público Federal com prefeitos dos referidos municípios e representantes do Movimento Atingidos por Barragens, Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e Agência Executiva de Águas da Paraíba (Aesa).
A retirada das ossadas está prevista para iniciar em 14 de setembro de 2015, com base no reconhecimento dos túmulos pelas famílias dos sepultados e autorização delas para a remoção. As prefeituras de Itatuba e Aroeiras se dispuseram a disponibilizar cemitérios para receberem os restos mortais.
Conforme o procurador regional dos direitos do cidadão José Godoy Bezerra de Souza, a retirada dos restos mortais se dará pelos municípios e com o apoio dos próprios familiares das comunidades.
Remoção – Em decorrência do longo período de estiagem que atinge a bacia do rio Paraíba, a barragem de Acauã sofreu grande redução no seu volume de água o que fez os cemitérios submersos aparecerem.
A retirada dos restos mortais aproveitará o período propício de baixa ocorrência de chuvas nos próximos meses. O próximo período de chuvas na região ocorre a partir de março.
Memorial – As ossadas serão transferidas para os cemitérios das comunidades de Pedro Velho e Cajá. Em Pedro Velho, o cemitério está quase pronto. Já o cemitério no Cajá ainda será construído pela prefeitura de Itatuba. Cada um dos novos cemitérios abrigará um memorial com nomes dos mortos cujo reconhecimento pelos familiares não foi possível.
Barragem de Acauã – O início da construção da barragem remonta aos anos de 1980. Sua fase final somente ocorreu por volta de 1999, sendo efetivamente concluída em agosto de 2002.
Devido a fortes chuvas, após dois anos de construída, a barragem encheu em seu nível máximo, causando danos para os moradores que ainda se encontravam dentro da área a ser alagada. Estudos realizados indicavam que demoraria, pelo menos, cinco anos para a cheia ocorrer.
O empreendimento causou o deslocamento de cinco mil pessoas – cerca de 900 famílias que viviam às margens do rio Paraíba. Até hoje famílias vivem em situação de penúria devido ao isolamento, falta de moradias, saneamento básico e abastecimento de água.
Redação
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