A Penitenciária Desembargador Flóculo da Nóbrega (Róger) é considerada, pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH), como uma das unidades com pior estrutura do Estado e palco de diversas rebeliões.
Segundo o presidente do Conselho, padre João Bosco, na última visita oficial feita na unidade (há dois anos) haviam 1.200 apenados – enquanto a capacidade seria para 400. Na ocasião, foram encontrados ratos, baratas e moscas circulando pelas celas, acúmulo de lixo e odor quase insuportável – além de edifícios em ruínas.
“Acontecem todos os dias novas prisões e quase ninguém sai, então imagina como está a situação agora, já que é a mesma estrutura”, disse João Bosco, ao ressaltar que visitas informais foram feitas à unidade neste ano e foi observado que somente a limpeza teve avanços. No entanto, o prédio continuaria degradado e precisando urgentemente de reparos.
“Quando os presos se rebelam é porque já não aguentam mais determinada situação, pois eles sabem que as rebeliões são situações que apresentam risco de morte para eles”, disse o padre, ao se referir às diversas rebeliões ocorridas no Róger.
Em novembro de 2011, em mutirão carcerário realizado na Paraíba, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) chegou a recomendar a desativação do presídio, alegando que a unidade tinha “superlotação e prédios antigos, sem manutenção e sem oferecer condições de permanência em funcionamento”. Na ocasião, o CNJ também recomendou a construção de novas unidades prisionais para resolver o problema de superlotação de detentos no Estado.
JORNAL DA PARAÍBA