O roubo de fios deixou pelo menos 14 radares de velocidade sem funcionar em João Pessoa. O material de valor de mercado é furtado para ser vendido em locais como ‘ferro-velho’ e sucata.
Segundo a polícia, a prática criminosa oferece riscos à vida, além de causar prejuízos e transtornos. Entre janeiro e junho deste ano, 14 radares medidores de velocidade foram danificados na capital paraibana após o furto das fiações. Desses equipamentos, quatro continuam sem funcionar.
Somente este ano, dez casos foram registrados pela Polícia Civil.
De acordo com o delegado João Paulo Amazonas, em duas ações policiais, mais de 100 quilos de fiação de cobre foram recuperados em estado de venda. Para o investigador, além do furto, a receptação do produto precisa ser combatida. “Vamos fazer uma série de operações. Quem furta esse tipo de material precisa de um receptador qualificado para recebê-lo e transformá-lo para colocá-lo no mercado”, avaliou o responsável pela Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio de João Pessoa.
A iluminação pública e a serviços de internet também são afetados pela ação dos criminosos. A Prefeitura de João Pessoa denunciou furtos de materiais neste ano, segundo o delegado.
Para o presidente da ANID, os mais afetados são os consumidores de internet. “Às vezes o reparo sai por menos de mil reais para a empresa. O prejuízo é muito maior pela interrupção do serviço, pelos consumidores que ficam sem internet, por exemplo”, afirmou.
De acordo com a Polícia Civil, o bairro com o maior número de ocorrências dessa natureza foi o Bancários, na capital paraibana. Foram três ocorrências registradas. Em um dos casos, um homem se machucou após tentar furtar fios de um poste. Uma câmera de segurança próxima ao local registrou o momento do acidente. O criminoso fugiu do local.
Redação