As praias de Manaíra e Cabo Branco são as recordistas de poluição, na área urbana da Grande João Pessoa, pois foram consideradas impróprias nos últimos dez relatórios divulgados semanalmente pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). Isso significa que desde o dia 1º de junho não é indicado se banhar nessas praias.
Apesar das divulgações da Sudema, muitos banhistas se arriscam a frequentar os trechos inadequados, expondo- -se à possibilidade de contrair problemas de saúde como diarréia, algumas hepatites (principalmente o tipo A), infecções e dermatites.
A técnica de Enfermagem Larissa Ribeiro, que estava em um local impróprio para banho, próximo à desembocadura de uma galeria pluvial no Cabo Branco, afirmou que sempre observa a balneabilidade da praia antes de sair de casa. Ela explicou que não queria ir para aquele local, pois tem consciência da poluição, mas foi o ponto de encontro que combinou com uma amiga que ainda não tinha chegado.
As galerias de água pluvial são parte fundamental do problema, já que, de acordo com os frequentadores das praias, muitas vezes trazem esgoto misturado à água das chuvas. Só na praia do Cabo Branco, há três dessas galerias: em frente à Rua Gregório Pessoa de Oliveira, nas imediações do Bar do Cuscuz; em frente à Rua Áurea, perto do restaurante Aida Frutos do Mar; e em frente ao girador que fica no final da orla do bairro.
Esta última galeria é a pior de todas, segundo a psicóloga Nadja Pessoa, moradora do bairro. “É um mau cheiro terrível”, disse ela, que embora more no bairro, não toma banho de mar na região por causa da poluição. A análise das águas é feita pela equipe da Coordenadoria de Medições Ambientais da Sudema, por meio de coleta de material nos municípios costeiros do Estado. Em João Pessoa, Lucena e Pitimbu, que são praias com grande fluxo de banhistas, o monitoramento é semanal. Nos demais municípios, a análise é realizada mensalmente.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) informou que o monitoramento das praias é feito apenas pela Sudema e que só acompanha casos em que há denúncia de crime ambiental.
Redação
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