Apesar da polêmica e das divergências de opiniões da classe política em torno da suspensão, por 60 dias, do novo Ensino Médio, determinada pelo Ministério da Educação na gestão Lula III, na Paraíba o secretário de Educação do Governo do Estado, Antônio Roberto de Araújo, que também é professor, defendeu – durante entrevista nesta quinta-feira (13) – a medida e alertou para a importância da retomada do debate sobre o tema.
Para ele, acertadamente o governo federal chama o debate para si, não para revogar a medida, mas sim para retomar um debate que foi interrompido com a canetada do então presidente Michel Temer que, ignorando as discussões acerca da matéria, resolveu implementá-lo mesmo sem o aval das autoridades no assunto.
O secretário ainda explica que a suspensão não implicará prejuízo algum, nem para as escolas, nem para a aplicação do ENEM, já que todos os componentes curriculares seguem mantidos.
“A suspensão por 60 dias tem apenas o efeito de dizer assim: vamos abrir um debate por esse período. A escola começou a funcionar com um conjunto de matérias escolares que hoje a gente chama de componente curricular e ela não desistiu do componente nem da matéria, ela continua funcionando do mesmo jeito. Não há interrupção no processo, porque não estamos falando de revogação, é uma suspensão para avaliar”, ponderou.
Conforme o professor, o efeito prático dessa suspensão é que o governo busca a melhoria da educação. “O efeito prático é que o governo federal sinaliza que não vai ser alterada a avaliação do SAEB que terá no final do ano, ou seja, podemos fazer no mesmo modelo dos anos anteriores. Outro efeito prático no ENEM é que se comunica para a sociedade que o exame desse ano será no mesmo modelo da edição passada para não haver descontinuidade”, emendou.
Hoje, de acordo com o secretário, o único consenso que existe é que é necessário reformar o Ensino Médio, e apenas com debates é que essa reforma poderá ser efetuada, tendo em vista que o consenso sobre o tema, devido as divergências políticas no país, é praticamente impossíve.
“Fazer reforma no Ensino Médio e encontrar consenso é praticamente impossível no nosso país. O consenso que existe é que é necessário reformar o Ensino Médio, agora quando se vai para mesa do debate, até por visões distintas, se tem um debate que corre o risco de não acabar nunca. Então o debate vai avançando e o que o governo está dizendo e eu concordo totalmente – temos que debater porque é uma pauta que interessa a toda sociedade (…). O que não se pode fazer é como o governo Temer fez que numa canetada só emplacou uma reforma que estava sendo discutida de 2014 até 2016 – e em 2017, sem respeitar os debates que haviam ocorrido nos anos anteriores, disse a reforma tá feita sem levar em conta o debate que estava sendo feito. A discussão hoje com a volta do governo Lula é que se isso foi desrespeitado, é importante voltar ao debate e acho que acertadamente o governo Lula faz isso agora com o MEC. Se os estudantes e educadores estão querendo debater, vamos debater, não significa dizer que vamos revogar, mas é possível aperfeiçoar o que foi implementado”, concluiu.
PB Agora
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