A Paraíba registrou uma taxa de desocupação de 7,8% no 3º trimestre de 2024, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (22). O índice representa uma queda de 1,5 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023, quando a taxa era de 9,3%, consolidando a segunda redução trimestral consecutiva no estado.
Ocupação cresce e estado lidera entre os melhores índices do Nordeste
A taxa de desocupação da Paraíba é a quarta menor do Nordeste, ficando atrás apenas do Ceará (6,7%), Maranhão (7,6%) e Alagoas (7,7%). Apesar disso, o estado ainda permanece acima da média nacional (6,4%), mas se posiciona abaixo da média regional, que foi de 8,7%.
Com a redução da desocupação, o nível de ocupação no estado subiu de 47,7% no 3º trimestre de 2023 para 51% no mesmo período deste ano, representando 1,67 milhão de pessoas ocupadas. Isso significa um acréscimo de 133 mil postos de trabalho, ou 8,7%, em comparação ao ano anterior. Em relação ao 2º trimestre de 2024, houve um aumento de 60 mil pessoas ocupadas, o equivalente a um crescimento de 3,7%.
Destaque para o setor privado e crescimento em atividades econômicas
O aumento no número de ocupados foi impulsionado, principalmente, pelo setor privado, que registrou saldo positivo de 78 mil empregos, sendo 31 mil com carteira assinada e 47 mil sem carteira. Em contrapartida, o número de trabalhadores domésticos sofreu redução, com saldo negativo de 7 mil pessoas.
Entre as atividades econômicas, os maiores avanços no número de ocupados ocorreram nos setores de Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca e Aquicultura (26,1%); Construção (20,2%); Indústria Geral (11,7%); e Comércio e Reparação de Veículos (10%).
Rendimento médio também aumenta
O rendimento médio real dos trabalhadores na Paraíba apresentou aumento no período analisado, subindo de R$ 2.248 no 3º trimestre de 2023 para R$ 2.391 no mesmo trimestre deste ano, o que representa um crescimento real de 6,4%.
Redução do desalento e da subutilização da força de trabalho
A pesquisa também apontou que cerca de 103 mil paraibanos estavam em condição de desalento no 3º trimestre deste ano, uma redução em relação ao mesmo período de 2023, quando eram 142 mil. O número de desalentados também caiu na comparação com o 2º trimestre de 2024, quando havia 117 mil pessoas nessa situação.
A taxa de subutilização da força de trabalho na Paraíba caiu de 26,7% no 3º trimestre de 2023 para 22,4% em 2024, uma diferença de 4,3 pontos percentuais.
Informalidade segue alta, mas dentro do padrão regional
A taxa de informalidade na Paraíba foi de 50,3% no 3º trimestre de 2024, a 7ª maior do país e superior à média nacional, que ficou em 38,8%. No entanto, o índice é levemente inferior à média do Nordeste (51,2%) e segue a tendência das regiões Norte e Nordeste, que lideram em informalidade no Brasil.
PB Agora