O pacote de propostas elaboradas pelo governo federal para reformar o Estado brasileiro, que foi entregue ao Senado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, deixou preocupado o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB).
Em pronunciamento no Plenário, o senador Veneziano afirmou que o pacote, que o governo chamou de ‘Mais Brasil’ e foi enviado ao Senado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, precisa ser analisado com cautela. O pacote foi apresentado por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na forma de três propostas de emenda à Constituição.
O senador disse concordar em extinguir muitos dos fundos propostos pelo governo e também em facilitar a sua acessibilidade, desde que os recursos não sejam direcionados para a amortização da dívida púbica ou para o pagamento de juros. “Acabar com os fundos ou permitir que esses recursos sejam acessíveis para que investimentos sejam realizados de combate à extrema pobreza, receberão de nós o apoio. Para amortização de dívidas e pagamento de juros, não”, disse Veneziano, na tribuna.
“Quando nos debatemos e quando nós nos deparamos com realidades, como são as realidades sociais que se agravam, trazidas aqui com os números do IBGE, com a realidade que se mostra também inflexível no baixo percentual de investimentos que o Governo Federal tem feito, acabar com os fundos ou permitir que esses recursos sejam acessíveis, conquanto investimentos sejam realizados de combate à extrema pobreza, receberão de nós o nosso apoio, não para amortização de dívidas, não para pagamento de juros, que são escorchantes” afirmou.
Leilão fracassado – Ainda na Tribuna, o Senador Veneziano disse que o leilão do excedente da cessão onerosa do pré-sal, que arrecadou R$ 69,9 bilhões na última quarta-feira (6), foi um fracasso para o governo, já que a equipe econômica esperava uma arrecadação de R$ 106 bilhões.
“O resultado foi bem aquém. Foram R$69 bilhões em vez daquilo que nós imaginávamos, ou seja, R$ 106 bilhões, mesmo sendo dois lotes, o principal deles e um outro paralelamente. Mas a participação se deu, com 95% de recursos da Petrobras. De recursos externos, apenas 5%, chamando-nos a atenção a presença de duas únicas empresas chinesas. É fato preocupante que ninguém pode aqui desconhecer” lamentou o parlamentar paraibano.
Assessoria de Imprensa