As enchentes que castigaram os municípios de Patos, na Paraíba, e Altamira, no Pará, levaram os senadores Roberto Cavalcanti (PRB-PB), Efraim Morais (DEM-PB) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) a pedir ajuda do governo federal, em pronunciamentos nesta terça-feira (14). Em Altamira, disse Flexa, há cerca de 20 mil desabrigados. Em Patos, afirmaram Efraim e Roberto Cavalcanti, os danos causados pelas chuvas deixaram duas mil famílias desalojadas.
Efraim pede auxílio para desabrigados por enchente na Paraíba
O senador Efraim Morais (DEM-PB) apresentou em Plenário um requerimento à Mesa solicitando ao ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, providências urgentes para socorrer vítimas de enchentes na cidade de Patos, na Paraíba.
Segundo Efraim, na madrugada desta terça-feira (14) mais de 2 mil famílias ficaram desalojadas e desabrigadas pelas fortes chuvas que caíram na região, alcançando mais de 300 milímetros, em menos de cinco horas de precipitação.
– Muitas famílias perderam tudo e nós esperamos que o governo federal, com a mesma agilidade, com a mesma vontade que atendeu países do mundo inteiro nos momentos de calamidades, mande um pouco de recursos para que possamos reconstruir as casas dos moradores desabrigados e oferecer um mínimo de conforto a essas famílias – disse.
O parlamentar agradeceu ainda a solidariedade demonstrada por empresários e comerciantes locais aos atingidos através da doação de colchões, alimentos e água potável.
Roberto Cavalcanti apela por ajuda do governo federal para calamidade na Paraíba
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) lamentou nesta terça-feira (14) a situação de calamidade pública em que se encontra o município paraibano de Patos. Segundo o senador, na noite de segunda-feira (13) o município recebeu 300 milímetros de chuva, o que historicamente equivale a toda chuva que a região recebe durante o inverno. O senador disse que os danos são incalculáveis e apelou pela ajuda do governo federal, pois os esforços da Prefeitura de Patos e do governo estadual não serão suficientes.
Roberto Cavalcanti disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado sobre o assunto na manhã desta terça-feira e comunicou o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, que mesmo estando em viagem aos Estados Unidos teria tomado providências junto ao ministério.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lembrou, em aparte, a solidariedade do país ao povo de Santa Catarina, quando aquele estado também sofreu as consequências do excesso de chuvas. A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) também se solidarizou com o povo de Patos e apelou para que o governo federal chegue lá o mais rápido possível. Ela observou que não é só no momento da tragédia que a ajuda é necessária, mas principalmente na reconstrução.
– No Rio Grande do Norte houve desastre semelhante, mas a ajuda do governo federal ainda não chegou – lamentou.
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) lembrou sua origem paraibana, e disse esperar que o apelo de Roberto Cavalcanti seja atendido. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) garantiu que o povo paraibano pode contar com o apoio e a solidariedade da oposição. Segundo ele, no caso de Santa Catarina, nem 10% do que foi anunciado pelo presidente Lula chegou ao estado.
– Espero que a Paraíba tenha mais sorte – disse.
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse que o governo federal é oportunista e faz “jogo de cena” para a televisão quando há catástrofes, como teria ocorrido em Santa Catarina. Ele afirmou que já está anunciada “a maior enchente do século” no Amapá, que deverá ocorrer nos próximos dias no município de Laranjal do Jari, e lamentou que o governo federal não tenha tomado qualquer providência.
– Na mesma localidade, no ano passado, ocorreu um grande incêndio. Foram lá três ou quatro ministros do governo Lula e fizeram promessas. Depois da palhaçada, eles se mandam e nos deixam com cara de besta para explicar ao povo cadê o dinheiro – disse Papaléo.
O senador Gilberto Goellner (DEM-MT) disse que o drama da Paraíba é o mesmo do chamado Brasil periférico. Para ele, fica muito claro que essas coisas não se resolvem porque há um entendimento do governo federal de que há um Brasil, quando na verdade são vários. Como exemplo, ele assinalou que, simultaneamente, ocorre uma seca em Alagoas. O senador Adelmir Santana (DEM-DF) também manifestou solidariedade a Roberto Cavalcanti.
Agência Senado