Servidores da Fundac paralisam atividades por três dias a partir desta quarta-feira em protesto ao congelamento de salário e outros direitos
Os servidores da Fundac em todo o Estado, cumprindo deliberação de assembleia geral convocada pelo Sindicato da categoria-Sintac, paralisam suas atividades por três dias a começar desta quarta-feira, dia 13 de abril, em protesto à indefinição sobre a revisão do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração-PCCR e contra a Medida Provisória recentemente editada pelo Governo do Estado e aprovada pela Assembleia Legislativa que suspende a data-base, reajuste e outros direitos do funcionalismo público, além de melhores condições de trabalho.
A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Fundac-Sintac vem mobilizando a categoria desde o final do ano passado quando descobriu que a promessa de revisão do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração- PCCR tão proclamada pela Fundac durante mais de dois anos era um blefe e não iria ser cumprida e em fevereiro quando as desconfianças do Sindicato e dos trabalhadores foram confirmadas de que nada de bom iria acontecer os trabalhadores fizeram em fevereiro um dia de paralisação de advertência com vistas a sensibilizar o Governo, através da Secretaria de Administração, para rever a situação, “mas nem receberam a gente e depois a secretária Livânia informou que nada tinha para nos oferecer, diante dessa intransigência, não temos mais o que fazer a não ser cruzar os braços em protesto”, desabafou a presidenta do Sintac, Lúcia Brandão.
Para o o primeiro Dia de paralisação, nesta quarta-feira, 13, a programação começa pela manhã com a convocação através de carro de som que circulará por todas as unidades da Fundac em João Pessoa convidando os servidores a aderir ao movimento e participar do ato de público no Centro Socioeducativo Edson Mota-CSE, unidade que aglomera mais servidores e também socioeducandos internos, marcado para as 09 horas da manhã.
De acordo com a presidenta do Sintac, Lúcia Brandão, a atividade se propõe ainda a explicar aos familiares dos adolescentes, já que a quarta-feira é dia de visita, os motivos da paralisação, que não é apenas corporativa, mas também por melhores condições de trabalho e de funcionamento das unidades. “Sabemos que as condições de trabalho nas unidades são péssimas, falta do tonner para impressão dos relatórios sociais, até o telefone que está cortado, por não ter sido paga a conta”, denunciou Brandão.
A presidenta do Sintac disse que todas as providências já foram tomadas quanto à questão legal para os três dias de paralisação e não existe perigo da justiça decretar a ilegalidade do movimento, “mesmo nossa atividade não constituindo serviço essencial, vamos manter os 30% e portanto não devemos temer ameaças de corte de ponto da Diretoria da Fundac, não existe razão para isso”, explicou a presidenta do Sindicato.
A mobilização dos trabalhadores da Fundac prossegue em maio e junho, com três dias de paralisação. “e se o Governo do Estado não encontrar uma solução para os problemas dos servidores que trabalham sob risco de morte desenvolvendo atividades de alta complexidade a categoria pode decretar greve por tempo indeterminado”, revelou Lúcia Brandão.
Redação