Seguindo um movimento nacional, os funcionários dos Correios, na Paraíba, se preparam para paralisar as atividades na próxima terça-feira dia 18. A categoria, que se reunirá em assembleia já na segunda-feira 17, reivindica a manutenção do dissídio coletivo deferido em decorrência da última greve, realizada em setembro de 2019. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Estado da Paraíba (Sintect), houve uma quebra do acordo por parte da empresa, gerando prejuízo aos colaboradores.
De acordo com o sindicato caso o governo não volte atrás, a greve por tempo indeterminado será deflagrada. “Não estamos reivindicando nada a mais do que já temos direito e do que foi decidido junto ao Tribunal Superior do Trabalho. Caso não volte atrás e mantenha a retirada dos direitos, a greve vai sair”, anunciou Tony Sérgio, secretário geral do Sintect na Paraíba.
“Aumento na mensalidade do plano de saúde e do valor da coparticipação, redução da licença maternidade, redução do valor do vale alimentação… das 79 cláusulas conquistadas, a empresa está suspendendo 70 o que significa muitas perdas”, destacou secretario geral do Sintec-PB.
Os quase 1.300 funcionários dos Correios na Paraíba entraram em Estado de Greve no início do mês. “Os serviços estão mantidos, o estado de greve funciona como uma espécie de aviso à sociedade de que nós podemos entrar em greve”. No momento, os Correios trabalham normalmente e a empresa mantém os seus indicadores de qualidade acima de 90%, apesar da liberação de profissionais que estão enquadrados no grupo de risco para a covid-19. O secretário geral do Sintect-PB falou também do esforço do Governo Federal no sentido de privatizar a estatal se valendo de falácias para convencer a população. “Há uma campanha que aponta o servidor público como sendo dotado de privilégios. Mas nem todos sabem que muitos funcionários dos Correios recebem menos que um salário mínimo depois que são feitos os descontos”.
Redação