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Servidores e advogados protestam por condições de trabalho e desmonte de Subseções

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O presidente da Seccional da cidade de Patos, Alexandre Nunes, participou de mobilização junto a advogados que atuam no Fórum da Justiça Comum de Teixeira “Desembargador Josias Pereira do Nascimento” e serventuários, em protesto contra as precaríssimas condições de trabalho no local, jamais vistas em sua história.

“O ato pacífico ocorrido quinta-feira, que culminou com a interdição temporária da Rodovia PB-110, decorreu de audiência que realizamos junto aos colegas da região, diante do déficit de servidores, falta de juiz titular e paralisação de processos há vários anos, alguns deles à espera de contador judicial para realização de cálculos”, justificou.

Segundo os servidores, a situação é de total abandono, os serviços judiciários funcionam precariamente, principalmente pela ausência de juiz titular na Comarca, por um escasso número de servidores e pela enorme quantidade de processos que tramitam na Comarca, que possui uma população total de aproximadamente quarenta e cinco mil habitantes, com quase quatro mil processos em andamento, apenas quatro servidores na serventia e três oficiais de justiça.

Desmonte de Seccionais

Alexandre Nunes criticou a falta de apoio da atual gestão da OAB não só a iniciativas como esta, mas notadamente em relação às mínimas condições de funcionamento das próprias Seccionais, citando como exemplo a existente na cidade de Sousa, que teve seu duodécimo reduzido em 30% e a servidora Adélia Marques demitida sumária e injustificadamente, prática repetida em Patos com a funcionária Michele Bandeira.

Alexandre afirmou que essas práticas, movidas por perseguições político eleitorais, têm repercutido negativamente no seio da categoria, sobretudo na Região do Alto Sertão, que as repudiam por ferirem a dignidade de seus integrantes, notabilizados por sua bravura e independência.

Paralisação

As audiências e serviços do fórum tiveram que ser paralisados durante o evento, pois, foram disparados fogos de artifício e o barulho dos carros de som não permitiu que os servidores trabalhassem.

Os advogados também reclamam do tratamento oferecido pela Comarca e ressaltaram que outros municípios da região prestam um melhor serviço à população, a exemplo de Princesa Isabel, que com o mesmo número de processos em andamento, possui dois juízes titulares, com três varas em funcionamento, quatorze servidores nas três serventias e nove oficiais de justiça.

 


Redação com Assessoria

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