O aposentado Sebastião Pereira, de 72 anos, foi um dos participantes do evento desta terça-feira (17), que teve como objetivo discutir a prevenção do suicídio e trazer experiências exitosas dos municípios. Diante da plateia, ele confessou que foi ao evento falar sobre o que está lhe afligindo. “Eu tenho medo de tudo; do teto cair; da minha filha ser atropelada quando sai de casa e de várias outras coisas. Vim ao evento saber o que está acontecendo porque antes eu não sentia nada disso”, desabafou.
O evento intitulado “Hora da fala – Porque agora é tempo de pedir ajuda”, foi promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Residência Multiprofissional em Saúde Mental (Resmem), e apresentou experiências exitosas dos municípios.
Seu Sebastião foi encaminhado para o momento da escuta individual, no qual conversou com uma psicóloga, pela primeira vez. “Aqui foi muito bom. Até liguei pra minha filha pra dizer que fui muito bem atendido e botaram umas sementinhas na minha orelha”, disse referindo-se às práticas alternativas que foram oferecidas durante a ação, que aconteceu na Universidade Federal da Paraíba (UFPB-CCJ), das 08h30 às 15h30.
A coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Iaciara Mendes, lembra que a ida do aposentado ao evento é uma prova de como as pessoas estão necessitando falar e ser ouvidas. “Criamos este momento para que as pessoas falem sobre o que lhes angustiam e tira seu sono. É um instante onde devemos parar para ouvir o outro que está ao nosso lado”, observou.
A psicóloga do Caps de São Bento, Gerlane Costa, apresentou o projeto desenvolvido na cidade chamado “Eu me importo com a sua vida”, que tem um programa de rádio; sistema de ligação telefônica “Televida Caps”; promoção de show de calouros e outras atividades que integram vários setores com o objetivo de prevenir o suicídio.
“Por conta deste trabalho, descobrimos que no nosso município o maior número de suicídios acontecia entre idosos. Fizemos um trabalho junto a essa população e conseguimos bastante êxito”, falou Gerlane.
Outra experiência foi apresentada pela secretária municipal de Nova Olinda, Dayse Duarte. Ela explicou que, como a cidade não tem Caps, é desenvolvido um trabalho que envolve a Secretaria, Agentes Comunitários de Saúde, UBS, USF, Agentes Comunitários de Endemias, Samu, professores, igreja, empresas, rádio comunitária, Programa de Saúde na Escola, idosos e todo o comércio.
“Além de todas estas ações, ainda fizemos cartazes que foram espalhados por toda cidade, pois entendemos que não se consegue fazer prevenção em silêncio”, pontuou.
PB Agora
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