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Sindicato da Cagepa emite nota de Repúdio

Em nota contundente, Sindicado da Cagepa vê covardia em corte de salário de grevistas.

 

 NOTA DE REPÚDIO CONTRA A DIRETORIA DA CAGEPA

 

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado da Paraíba – STIUPB, vem, por meio desta nota, apresentar seu mais veemente repúdio diante da postura covarde e arbitrária da Diretoria da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – Cagepa, uma vez que, na última sexta-feira (28/11), os funcionários da empresa, ao verificarem seus contracheques, receberam como presente de Natal enormes descontos em seus vencimentos, sob o código 2.612 (desconto por falta).

Fomos surpreendidos com tais descontos, os quais, segundo apuramos, são decorrentes da GREVE de 52 dias realizada pela categoria, entre os meses de junho e julho deste ano, para defender melhores condições de trabalho aos funcionários deste patrimônio do povo paraibano que é a Cagepa.
A irresponsável atitude da gestão da Companhia deve ser tratada como prática antissindical e como prova incontestável de todas as denúncias que os trabalhadores têm feito sobre o assédio moral que sofrem dentro da empresa.

Os gestores sequer tiveram o cuidado de observar quem estava sofrendo os “descontos por falta”, punindo, inclusive, funcionários que não participaram da greve, em que pese a grande adesão da categoria em todo Estado, com exceção de João Pessoa, onde o sindicato local, mais uma vez, preferiu o caminho fácil dos acordos de gabinete ao invés de investir na organização e conscientização de classe.

A greve inicialmente fora julgada legal pela Justiça, mas a Cagepa, não satisfeita, recorreu ao pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que taxou o movimento de abusivo e autorizou a empresa a descontar os dias parados. Diante disso, o STIUPB entrou com recurso, e o processo ainda está em análise do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, pois temos certeza de que cumprimos todos os requisitos legais desde a deflagração da greve até o seu desfecho.

É bom ressaltar que essa mesma austeridade da direção da Companhia não existe em processos que também estão tramitando no TST. Por que a Cagepa não cumpre com a mesma presteza a decisão do TST que a obriga a demitir os cargos comissionados? Por que não paga os valores decorrentes dos processos dos Tíquetes, que os trabalhadores já ganharam e que já está tramitado em julgado?

Esperamos que este ato abrupto, vil, sorrateiro e covarde perpetrado pela Diretoria da Cagepa seja revertido via medida cautelar e incontinente, haja vista que tal ato é político e em nada guarda relação com o movimento de cinco meses atrás. Este ato covarde foi executado meses após o fato gerador e apenas após o período eleitoral para que a indignação da categoria não respingasse nos ocupantes de plantão do Governo do Estado, além de estar em uma total afronta à CLT.
Ao final, temos a certeza de que a verdade virá à tona e de que venceremos mais esta batalha.

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