O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou para o dia 26 de fevereiro o julgamento do recurso de habeas corpus do padre Egídio de Carvalho, acusado de liderar um esquema de desvio de recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.
A decisão foi tomada pela Sexta Turma do STJ, que decidiu que os ministros terão mais tempo para analisar o caso. O julgamento estava marcado para o dia 20 de fevereiro, mas foi adiado a pedido da defesa do padre.
Com o adiamento, o padre Egídio deve ficar mais tempo preso. Ele foi preso em novembro de 2023, após ser denunciado pelo Ministério Público da Paraíba por crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O caso Padre Zé envolveu o desaparecimento de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal para leilão. Posteriormente, surgiram denúncias de desvio de recursos e um esquema criminoso liderado pelo padre Egídio.
Durante as ações policiais, o padre foi afastado da direção do hospital pela Arquidiocese da Paraíba, e uma nova equipe assumiu o comando, ordenando auditorias. Revelou-se que o padre contraiu empréstimos em nome do hospital, no valor de R$ 13 milhões, sem que o dinheiro fosse aplicado na unidade de saúde.
A Operação Indignus, que investigou o caso, realizou buscas em propriedades atribuídas ao padre, revelando itens luxuosos e ostentação nos imóveis.
A defesa do padre Egídio alega que ele não representa ameaça à investigação e que tem problemas de saúde. Os advogados também afirmam que o padre tem antecedentes criminais.
PB Agora