Na véspera de celebrar o Dia Mundial de Água, comemorado nesta segunda-feira (22), moradores de uma comunidade localizada no Distrito Industrial, em João Pessoa, sofrem problemas de saúde devido a recursos tóxicos jogados nos mananciais que existem na área. Os moradores denunciam que o riacho Mussuré e o rio Mumbaba estão sendo poluídos por, pelo menos, três empresas que atuam no local. Técnicos da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) foram acionados para investigar o caso, coletaram amostras da água para análise e o resultado deve ser divulgado segunda-feira.
Os resíduos mudaram a tonalidade da água dos mananciais. Em alguns trechos, a água é azul. Em outros, é vermelha. Ainda há um forte odor. O problema, por sua vez, vem causando ânsia de vômitos, mal-estar, tonturas e até coceiras entre as crianças e adultos do lugar. Técnicos da Sudema foram acionados e visitaram o local nesta semana. Amostras da água foram levadas para serem analisadas em laboratório. Se o crime ambiental for comprovado, as empresas poderão ser multadas.
De acordo com a presidente da associação de moradores do local, Ana Maria Diniz, a comunidade de Mumbaba abriga cerca de 440 famílias. A maioria delas vive da agricultura de subsistência. Mas alguns deixaram de plantar porque a água usada na irrigação estava contaminada pelas empresas. Além disso, os moradores sofrem com problemas de saúde. “Todo dia é essa fedentina. Tem dia aqui que a gente nem almoça. Temos vontade de vomitar, dor de cabeça, enjôo”, reclama a agricultora Maria da Guia Ribeiro. Providências – O caso já foi denunciado à Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema).
De acordo com a diretora técnica, Ana Lúcia Espínola, fiscais do órgão já foram ao local para coletar amostras das águas e fazer analises para identificar o nível de poluição. O resultado sai nesta segunda-feira (22), mas a diretora adianta que a tonalidade escura presente nas águas e o cheiro forte são indícios de que rio e riacho podem estar sendo poluídos. Por causa disso, técnicos da Sudema irão ao local fazer nova inspeção.
Prevenção – Como medida de prevenção de danos ambientais, Ana Lúcia explica que as empresas, antes de se instalarem, precisam solicitar à Sudema uma licença. Para conceder esse documento, o órgão ambiental exige que a fábrica apresente um projeto de tratamento de resíduos. Isso significa que o empresário deve adquirir equipamentos para filtrar as substâncias tóxicas e só liberar no rio os resíduos tratados.
Esse tratamento é acompanhado de perto pela Sudema. As fábricas são, inclusive, obrigadas a fazer análises mensais das águas dos mananciais que utilizam e devem enviar o resultado para a Sudema a fim de comprovar que não estão cometendo poluição ambiental.
No entanto, a diretora destaca que problemas técnicos podem impedir o trabalho das máquinas e, nesse momento, os resíduos serem despejados nos rios sem tratamento. Por este motivo, a Sudema vai enviar novamente técnicos no local para verificar se os resíduos tóxicos estão sendo despejados sem tratamento.
Assessoria
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