O total de casamentos civis registrados em 2021, na Paraíba, teve alta de 26,7%, em comparação à quantidade observada em 2020, segundo as Estatísticas do Registro Civil 2021, divulgadas pelo IBGE, nesta quinta-feira (16). O número saltou de 12.724 para 16.116 e, assim, a variação foi maior que a verificada na média nacional (23,2%) e menor que a média do Nordeste (27,8%). A partir de registros administrativos de cartórios, tabelionatos, varas de família, cíveis e foros, a pesquisa apresenta informações sobre casamentos, divórcios, nascimentos, mortes e óbitos fetais.
Apesar do crescimento, a taxa paraibana de nupcialidade legal foi de 5,0 a cada mil habitantes, a 10ª menor do país e inferior à média brasileira (5,5 por mil), embora superior à da região (4,9 por mil). Esse indicador é calculado com base no número de casamentos registrados, em relação ao total da população de 15 anos ou mais.
De acordo com o levantamento, em 2021, dezembro foi o mês em que mais casamentos foram registrados (2.255), seguido por novembro (1.537), janeiro (1.457), julho (1.437); e setembro (1.384). Já abril (946), maio (1.088), junho (1.133), fevereiro (1.154) e março (1.164) foram os meses com os números mais baixos.
A maioria dos casamentos registrados naquele ano – 15.977, que representam 99,1% do total – ocorreu entre cônjuges de sexos diferentes, com alta de 26,6% diante do verificado em 2020. Também foram realizados 90 casamentos entre cônjuges femininos, o que aponta para um crescimento de 63,6% frente ao número registrado no ano anterior (55). Já a quantidade de casamentos entre cônjuges masculinos permaneceu estável de um ano para o outro (49).
Total de divórcios aumenta 26,1%
O total de divórcios judiciais, concedidos em 1ª instância, na Paraíba, em 2021, também aumentou frente ao constatado em 2020, passando de 3.573 para 4.504, alta de 26,1%. O número foi o maior registrado na série histórica desde o ano de 2014 (4.801). O levantamento identificou ainda que foram registrados 607 divórcios extrajudiciais, no estado.
Conforme as estatísticas, na Paraíba, grande parte dos divórcios judiciais, cerca de 44,8%, foi concedido a casais que tinham menos de 10 anos de casamento. Logo em seguida, estavam os casais que tinham de 10 a 14 anos (17%); 26 anos ou mais (16,2%); de 15 a 19 anos (11,7%); e de 20 a 25 anos (10,2%).
Em 2021, os divórcios concedidos em 1ª instância, no estado, a casais com filhos menores de idade, em que o marido ficou como responsável pela guarda, atingiram a maior proporção da série, passando de 9,5%, em 2020, para 12,8%, em 2021. Por outro lado, o percentual daqueles em que ambos cônjuges ficaram como responsáveis apresentou leve queda, de 23% para 21,5%, de um ano para o outro. Além disso, em 2021, na maioria dos casos (64,4%), esse papel ficou com a mulher.
Número de mortes registradas na PB aumenta 10,6% em 2021, enquanto total de nascimentos segue em queda
O número de mortes ocorridas na Paraíba passou de 30.524, em 2020, para 33.754, em 2021, o que indica alta de 10,6%, conforme as Estatísticas do Registro Civil. Embora tenha sido a 2ª maior do Nordeste, a variação ficou abaixo da média nacional (18%), bem como da observada para o estado em 2020, frente a 2019 (14,6%).
Cerca de 91,9% dos óbitos registrados no estado ocorreram por causas naturais, categoria que inclui doenças como a Covid-19 e que apresentou o maior aumento em relação ao ano anterior. A quantidade de mortes nessa classificação passou de 27.930 para 31.014 pessoas. Já aquelas por causas não naturais, que em 2021 representaram 6,2% do total dos óbitos, aumentaram de 2.081 para 2.109. Outras 631 tiveram a causa registrada como “ignorada”, em 2021.
Do total de mortes, 54,4% foram de homens e aproximadamente 45,6% de mulheres. Se consideradas apenas as mortes não naturais – que incluem casos como homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas acidentais – a diferença é ainda maior: enquanto o grupo masculino corresponde a 86,5% do total, com 1.824 mortes, o feminino tem participação de 13,5%, com 284.
Em relação à idade, os dados indicam que o grupo de 85 anos ou mais tinha a maior participação, de 20,9%; seguido pelo de 80 a 84 anos (11,2%); 75 a 79 anos (10,2%); e 70 a 74 anos (9,8%). Já os meses do ano com o maior número de mortes foram março (10,6%); junho (1%); abril (9,8%); e maio (9,6%).
Já o número de nascidos vivos na Paraíba apresentou queda pelo 3º ano consecutivo, diminuindo 0,5% – de 55.093, em 2020, para 54.834, em 2021. Proporcionalmente, essa redução foi menor que a observada na média nacional (-1,6%). As estatísticas levam em consideração o local de residência da mãe,
Entre os bebês nascidos vivos, 51,3% eram homens e 48,7% eram mulheres. Os meses com o maior número de nascimentos, em 2021, na Paraíba, foram: maio (5.036); março (4.984); abril (4.913); junho (4.764); e julho (4.649).
O levantamento aponta ainda que a proporção de mulheres que tinham menos de 15 anos na ocasião do parto tem diminuído, passando de 0,8%, em 2020, para 0,7%, em 2021. Por outro lado, houve aumento no percentual de mulheres que tinham de 35 a 39 anos, de 11,9% para 12,0%, e de 40 a 44 anos, de 3,2% para 3,4%.