Trabalhadores do setor da cana-de-açúcar fecham portaria de usina em Caaporã
Os trabalhadores do setor da cana-de-açúcar do município de Caaporã
iniciaram uma paralisação desde as 6h00 da manhã desta sexta-feira para
protestar contra o atraso de salários. Em torno de 600 trabalhadores
fecharam a portaria da Destilaria Tabu. O clima de negociações ficou tenso
depois que a diretoria da usina chamou a polícia ao local. De acordo com
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caaporã, Gilvan França
Cavalcanti, policiais armados com espingardas de calibre 12 estavam tentando
intimidar os manifestantes.
Segundo ele, de acordo com a convenção coletiva da categoria, os
trabalhadores da usina devem receber o salário através de adiantamento
quinzenal. A média dos vencimentos é de R$ 518,00 por mês. “Sem o dinheiro,
os trabalhadores estão passando fome, sem ter como comprar alimentos para as
suas famílias”, destacou Gilvan. Segundo ele, caso não se chegue a acordo
satisfatório para os trabalhadores, o sindicato tomará medidas junto à
Justiça.
A Central Única dos Trabalhadores na Paraíba (CUT-PB) participou das
negociações em Caaporã. De acordo com o presidente da CUT-PB, Luis Silva, a
entidade acredita que o apoio aos trabalhadores que estão sem receber o
salário é fundamental, não só para as mais de 600 famílias que dependem do
dinheiro, como também para toda a economia local, que gira em torno dos
valores pagos aos trabalhadores rurais.
Luis Silva explicou que a diretoria ofereceu um acordo sobre o pagamento por
volta das 11h00 e que os atritos ocorridos no período da paralisação foram
superados e restaurada a normalidade com a efetivação dos pagamentos dos
salários. “Conseguimos chegar a uma negociação que beneficiou os
trabalhadores”, destacou o sindicalista.
Assessoria
