A pandemia da covid-19 fez crescer o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social no Brasil e no mundo. O agravamento do problema do desemprego nesse período acendeu uma alerta para a questão da segurança alimentar e nutricional.
Nesse contexto, o Centro de Vocação Tecnológica em Segurança Alimentar e Nutricional (CVTSAN) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) tem desenvolvido, junto com o poder público, ações de extensão e de pesquisa relevantes no tocante à questão, no sentido de reduzir os impactos sociais da pandemia.
O expertise da equipe do Centro de Vocação Tecnológica em Segurança Alimentar e Nutricional da UFPB foi disponibilizado para o governo do estado, a fim de prestar assessoria técnica para as especificações de equipamentos, produtos e insumos necessários à realização da licitação para a instalação do Banco de Alimentos do Estado da Paraíba, que será localizado na Central de Abastecimento (Ceasa).
De acordo com a coordenadora do Centro de Vocação Tecnológica em Segurança Alimentar e Nutricional da UFPB, Ana Luíza Braga, a segurança alimentar e nutricional trata da garantia do acesso ao alimento adequado e de forma segura para a população.
“Para estar em segurança alimentar, a população não pode deixar de ter outro direito essencial garantido, como o acesso à saúde ou à escola, por exemplo”, explica a coordenadora da iniciativa. Por se tratar de um campo interdisciplinar, os projetos desenvolvidos reúnem docentes de diversas áreas, a exemplo de Nutrição, Tecnologia de Alimentos e Direito.
Um dos eixos de atuação do centro é justamente o de equipamentos públicos de alimentação, a exemplo dos bancos de alimentos e das cozinhas comunitárias, cruciais para atender a famílias mais vulneráveis nesse período.
O Banco de Alimentos do Estado da Paraíba será inspirado em uma iniciativa que já vem dando certo, que é o Banco Público de Alimentos de João Pessoa, responsável por captar e distribuir itens que não serão comercializados e que são seguros para o consumo, combatendo o desperdício e, consequentemente, a fome, já que são distribuídos a famílias em insegurança alimentar.
De forma virtual, devido à pandemia, a UFPB também está prestando assessoria técnica para implementação de boas práticas de manipulação, analisando as instalações do espaço e acompanhando a logística de funcionamento, desde o recebimento das doações até a distribuição às entidades de assistência a pessoas em vulnerabilidade social.
“A pandemia está agravando cada vez mais a parte social, a questão da fome, então precisamos avançar com esse novo Banco de Alimentos do Estado, para termos mais um equipamento de segurança alimentar para a população”, defende Ana Luísa Braga.
Outro eixo importante de atuação nesse período de crise é o da agricultura familiar, por meio do qual a questão do desperdício de alimentos também tem sido debatida, em uma rede de acompanhamento do agricultor.
Além de receberem orientações relativas à redução do desperdício, eles participam de diversas capacitações, a exemplo de um webinário, com representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sobre o efeito nocivo do uso de agrotóxicos na agricultura familiar.
Este ano, explica a coordenadora do centro, foi criado um site de vendas para os agricultores familiares, para que eles pudessem fazer as vendas on-line, em virtude do fechamento das feiras. O site foi mantido ao longo do ano e continua no ar.
Bancos que alimentam
Uma ação que teve grande repercussão foi a campanha “Bancos que alimentam”, que ocorreu em junho deste ano, em parceria com a prefeitura de João Pessoa e com o Sindicato da Indústria de Fabricação de Álcool na Paraíba (Sindalcool).
Como o isolamento social impediu a realização dos festejos juninos, o Centro de Vocação Tecnológica em Segurança Alimentar e Nutricional da UFPB idealizou uma ação para escoar a produção de milho e gerar renda para famílias vulneráveis.
Por meio da doação de ingredientes juninos por empresas, agricultores e pela população em geral, foram criados 178 kits que foram distribuídos pela UFPB a 78 famílias, para a produção e venda de comidas típicas como a pamonha e a canjica.
A universidade também atuou na orientação de boas práticas de segurança alimentar para as pessoas que estavam produzindo os kits. “Muitas dessas pessoas estavam desempregadas e encontraram nesta ação uma oportunidade de empreendedorismo”, destaca a coordenadora do centro.
Álcool 70º
Um eixo específico em que o Centro de Vocação Tecnológica em Segurança Alimentar e Nutricional da UFPB atuou no primeiro semestre deste ano foi um projeto de pesquisa para a produção de álcool sanitizante para hospitais da Paraíba, atendendo a uma demanda das prefeituras municipais que não estavam conseguindo realizar a compra de álcool 70º INPM.
A produção, realizada em um dos laboratórios de segurança alimentar e nutricional do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR) da UFPB, foi disponibilizado para a prefeitura de João Pessoa e para o governo do estado.
PB Agora
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