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UFPB desenvolve produto com atividade antimicrobiana para conservação de frutas após colheita

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A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveu um produto com tecnologia de conservação de frutas após colheita. O invento tem aplicação na área de biotecnologia e refere-se ao um revestimento composto da combinação do polímero quitosana e óleos essenciais de Mentha spp. (hortelã-verde), para promover o controle de fungos, apresentando-se como uma alternativa biológica viável frente ao uso de fungicidas sintéticos.

O desenvolvimento do produto foi realizado no Laboratório de Microbiologia e Bioquímica dos Alimentos da UFPB, localizado no Departamento de Nutrição, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no campus I, em João Pessoa.

A concessão da patente à UFPB foi divulgada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) no dia 5 deste mês de outubro. O processo de produção da aplicação também foi protegido.

Como um dos objetivos da tecnologia também é desacelerar o processo de amadurecimento e de envelhecimento das frutas, a aplicação é mais indicada para aquelas que continuam seu processo de amadurecimento mesmo depois de serem colhidas, como a banana, o abacate, a manga, o mamão, a pera e o maracujá.

Desse modo, o revestimento permite a extensão da vida de prateleira das frutas, mantendo suas características físico-químicas e sensoriais durante o período de armazenamento e, consequentemente, seus parâmetros de qualidade no decorrer da comercialização.

Segundo a pesquisadora Kataryne Oliveira, atualmente em estágio pós-doutoral no Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição, vinculado ao CCS da UFPB, e uma das inventoras da aplicação, o polímero quitosana e os óleos essenciais de Mentha spp. apresentam atividade antimicrobiana. A ideia é aplicar o revestimento antes do transporte e comercialização das frutas. Já a sua remoção deverá ocorrer durante a higienização delas, antes do consumo.

Além de serem consideradas não-tóxicas, as substâncias utilizadas na formulação do produto são biodegradáveis, ou seja, não prejudicam o meio ambiente. Quando aplicado em frutas consumidas com casca ou minimamente processadas, o revestimento pode ser ingerido normalmente.

Contudo, a pesquisadora Kataryne Oliveira alerta que a quitosana pode conter resíduos de proteínas oriundos da carapaça de crustáceos, de onde é extraída, o que pode limitar o consumo da aplicação por pessoas alérgicas a esses animais.

A tecnologia também busca reduzir as perdas. Segundo Kataryne Oliveira, os dados disponíveis indicam que 30% da produção de frutas em solo brasileiro deixa de ser aproveitado por causa de danos sofridos ao longo da cadeia produtiva.

De acordo com Kataryne Oliveira, a expressiva aplicação de fungicidas sintéticos tem sido relacionada a impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente.

“Fungos comuns no pós-colheita de frutas, a exemplo do Penicillium expansum, do Botrytis cinerea, do Aspergillus niger, do Rhizopus stolonifer e do Colletotrichum gloeosporiodes, além de serem associados a grandes perdas na cadeia de produção de frutas, também apresentam resistência frente a diversas condições ambientais adversas, o que favorece a sua disseminação nos ambientes de produção, processamento e comercialização”, explica a pesquisadora da UFPB.

As análises para avaliar a eficácia e caracterização do revestimento do invento ocorreram em parceria com diferentes laboratórios da UFPB e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A patente é derivada dos resultados obtidos em uma dissertação e duas teses desenvolvidas junto ao Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição da UFPB e do Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFPE, entre 2012 e 2016.

Também assinam o invento os professores da UFPB Evandro Souza, Ingrid Guerra e José Maria Barbosa Filho, respectivamente dos departamentos de Nutrição, Gastronomia e Ciências Farmacêuticas, e as pesquisadoras Priscila Oliveira e Lúcia Berger.

PB Agora com informações da UFPB

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