A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) obteve a carta-patente para uma membrana medicinal com ação antimicrobiana, anti-inflamatória e cicatrizante. O documento, que garante os direitos de propriedade sobre a tecnologia, foi concedido neste mês pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi).
A membrana, produzida a partir do polissacarídeo quitosana – presente no exoesqueleto de crustáceos como o caranguejo e o siri – com adição de óleo essencial extraído da planta Lippia sidoides (alecrim-pimenta), foi desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Odontologia, do Centro de Ciências da Saúde (CCS); do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW/UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Um dos inventores, o professor do Departamento de Clínica e Odontologia Social da UFPB, Fábio Sampaio, explica que a inovação da pesquisa realizada foi a incorporação do óleo essencial à membrana de quitosana, que já era utilizada de forma medicinal.
De acordo com o pesquisador, o invento – uma espécie de bandagem –, em princípio, deve ficar restrito ao uso clínico por profissionais da Odontologia, para tratamento de aftas, lesões de gengiva e lesões traumáticas da cavidade intrabucal, acelerando a cicatrização. “É um material superversátil e, mais adiante, após novos estudos e testes clínicos, pode ser utilizado para outras lesões de pele”, destacou Fábio.
O pesquisador está otimista quanto à transferência de tecnologia para que seja comercializada e disponibilizada para a sociedade, por meio de parceria com alguma indústria disposta a financiar as próximas etapas, que envolvem testes clínicos, para registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e produção em escala industrial.
“Já temos a matéria-prima, que é a planta nativa para extração do óleo, cultivada no horto medicinal da UFPB, com boa possibilidade de produção do óleo. Agora com a patente, podemos buscar o financiamento e avançar na aplicação do produto”, afirmou Fábio Sampaio. O Horto de Plantas Medicinais, no IpeFarM (Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos), fornece matérias-primas vegetais para pesquisas.
O projeto de desenvolvimento da membrana foi resultado da pesquisa de mestrado da então aluna do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPB, Isabella Barros. A pesquisa contou com a colaboração do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Biomateriais (Nepibio), do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
O pedido de depósito da patente foi realizado no final de 2016, junto à Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova), e envolve outros cinco inventores, além de Fábio Sampaio e Isabella Barros: Raimundo de Menezes, do Centro de Energias Alternativas Renováveis (CEAR/UFPB), Jocianelle Fernandes (HULW/UFPB), além dos pesquisadores da UFCG Marcus Vinícius Fook, Rosemberg Barbosa e Alessandra Estevam.
Patentes na UFPB – A carta-patente da membrana para tratamento de lesões foi a primeira concedida à UFPB neste ano. Em 2020, foram duas novas concessões de patente, uma para um remédio antibacteriano (patente BR10201303) e outra para um processo de produção de ésteres graxos (patente BR102012017025-6).
De acordo com o ranking dos maiores depositantes residentes no Brasil em 2019, divulgado em setembro de 2020 pelo Inpi, a UFPB manteve a liderança em depósito de patentes no país, com 100 pedidos, seguida pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com 94 solicitações. As duas instituições paraibanas também lideraram o ranking em 2018, com 90 registros feitos pela UFPB e 82 pela UFCG.
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