O senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) concedeu entrevistas neste final de semana para rebater o que considerou “declarações preconceituosas” de pré-candidatos ligados à atual administração municipal, de que a pré-candidata Ana Cláudia disputará a Prefeitura de Campina Grande apenas por ser sua esposa. Para Veneziano, essa declaração é extremamente machista e busca diminuir as qualidades de Ana como mulher, profissional e gestora nos cargos que já ocupou em sua trajetória de vida.
“Esse discurso machista é desrespeitoso. É desrespeitoso com a eleitora feminina, com a eleitora que deseja ter a oportunidade de ouvir a sensibilidade da mulher, com a oportunidade de mostrar que Campina Grande pode ter a primeira mulher eleita prefeita com competência, com pé no chão, com sensibilidade, com humildade, o que não é uma palavra exercitada por eles, com todo o respeito”, disse o senador.
Ele lembrou que a eleição não será disputada por Veneziano, mas por Ana Cláudia, “uma mulher que merece respeito, tem vida própria e vai representar o público feminino, como também o masculino, mas dando ênfase à oportunidade da mulher, que precisa ser respeitada. Esse discurso que estamos ouvindo deles é puro machismo. Isso a gente não pode apoiar. Já bastam esses níveis de racismo que nós vemos, já bastam esses níveis de agressão à mulher que nós observamos no Brasil agora”.
Segundo Veneziano, o pleito deste ano será uma oportunidade que Campina Grande terá de eleger uma pessoa qualificada, a primeira mulher eleita pelo voto para administrar a cidade. “Se fosse uma eleição plebiscitária entre os modelos de nossa gestão e da gestão atual Campina Grande iria escolher sobre um legado de 3 mil obras ou a gestão da ‘Famintos’, que tirou dinheiro da merenda da boca de milhares de crianças e jovens da cidade e culminou na prisão de secretários de governo, auxiliares e empresários”.
“Candidato da Famintos” – Ele disse que, na campanha, o “Candidato da Famintos” não terá só a “estrutura da Prefeitura” lhe favorecendo, mas terá que arcar, também, com a péssima imagem que a gestão tem perante a população. “Eu não tive secretários presos, não tive escândalo que tirava dinheiro da merenda da boca de crianças, não tive contas rejeitadas por unanimidade no TCE. Então, o ‘Candidato da Famintos’ vai ter que explicar isso, ou só vai querer o bônus da estrutura de poder?”, questionou.
Veneziano lembrou que em sua gestão Campina recebeu diversas obras com recursos próprios, o que não ocorre hoje porque o dinheiro é destinado a outros fins, como pagar altos salários de familiares do prefeito e de seu grupo político; e dos quase 10 mil comissionados. “Diga uma obra desta gestão com recursos próprios. Uma só. Não tem, a não ser as executadas pelo governo federal ou através de emendas parlamentares”, disse, lembrando que, quando prefeito, construiu várias obras com recursos próprios, como a Vila Olímpica Plínio Lemos, que está completamente abandonada.
“Na nossa gestão não houve roubalheira na Educação, não tivemos secretário preso nem afastado, não tivemos servidor público afastado, na nossa gestão, dos vereadores da nossa bancada, nenhum foi preso; fazíamos obras com recursos próprios, respeitávamos servidores, fazíamos concursos públicos e chamávamos concursados. Foi uma gestão totalmente diferente, Graças a Deus, não pega uma letra com o que nós vemos nesses desastrosos oito anos”, afirmou Veneziano.
O senador finalizou dizendo que, na campanha, será feita uma pergunta à cidade: “vocês desejam que Campina continue com a roubalheira e com as contas rejeitadas no TCE? ou vão querer uma gestão transparente, democrática, com a participação popular e com a volta do orçamento participativo? desejam que a prefeita possa voltar a fazer concursos públicos ou que continue a empregar apadrinhados políticos e parentes, porque o nepotismo campeia nesta administração? Quero ver eles defendendo o nepotismo na campanha, porque existem familiares dos que se apresentam como pré-candidatos da ‘gestão famintos’ que estão empregados hoje e vão querer continuar recebendo seus gordos salários”.
Assessoria de Imprensa