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VÍDEO: radialista diz que Roberto Santiago queria vetar shopping

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Nesta sexta-feira (11) o jornalista Suetoni Souto Maior divulgou em seu blog no Jornal da Paraíba Online, dois vídeos referentes ao depoimento do radialista Fabiano Gomes fez ao Ministério Público no dia 27 de abril deste ano.

 

No vídeo, o radialista deu detalhes sobre o que ele chamou de compra do mandato do prefeito eleito de Cabedelo em 2012, Luceninha, ocorrida cinco anos antes. Disse que estava sendo alvo de ameaças veladas de morte por saber demais e ter provas do ocorrido na cidade metropolitana.

 

O nome de Fabiano apareceu como peça central do esquema denunciado no bojo da operação Xeque-Mate, desencadeada pela Polícia Federal em parceria com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB).

 

No depoimento voluntário, diante do promotor Octávio Paulo Neto, deu detalhes sobre todo o processo que foi desde a eleição de Luceninha, passando pela compra do mandato até acertos para o recebimento de verba pública destinada à publicidade.

 

Fabiano Gomes contou que foi procurado por Luceninha para fazer a campanha ele, em 2012. Eleito, no ano seguinte, recebeu a promessa do gestor de que pagaria publicidade para o portal dele. Seria uma compensação pelo esforço na campanha. Antes que o processo licitatório para acertar a publicidade fosse concluído, foi procurado novamente pelo prefeito empossado. Ele teria alegado não ter poder sobre a gestão, que foi gravado por um secretário e não tinha voz ativa. Queria renunciar. Precisava, para isso, que alguém assumisse as dívidas de campanha. Não confiava em Leto Viana, o vice, preso recentemente, para cumprir com o compromisso. Foi então que Fabiano Gomes intermediou a entrada do empresário Roberto Santiago no processo.

 

O empresário, diz o radialista, não queria outra coisa com a gestão a não ser impedir a implantação, na cidade, de um shopping concorrente. Para isso, bancaria o pagamento pela renúncia com dinheiro encaminhado a Luceninha por Fabiano Gomes. Foram R$ 500 mil em uma mala.

 

O passo seguinte foi o parcelamento do restante da dívida, paga em parte pelo empresário e outra parte com o rateamento de cargos na prefeitura. Tudo está no processo, inclusive os vídeos gravados na colaboração de Fabiano Gomes. Neste período, segundo o radialista, todas as decisões administrativas na cidade passavam pela mão de Roberto Santiago. Até fornecedores que não recebiam da prefeitura procuravam o empresário e ele mandava Leto pagar.

 

 

 

Redação com blogs.jornaldaparaiba.com.br/suetoni

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