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Violência contra a mulher cresce na Paraíba em 10 anos, cai este ano, e mulheres protestam em João Pessoa e Campina Grande

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A violência tem sido crescente. NOs últimos dez anos não foram tranquilos para as mulheres da Paraíba. De 2009 a 2018, um total de 1.083 mulheres foram assassinadas. Em 2018, o número chegou a 84 mortes. Os dados oscilam bastante, mas a maior alta foi no ano de 2011, com 146 mulheres vítimas de crimes violentos e letais.

Apesar dos números, a  violência contra a mulher no Estado da Paraíba apresentou uma redução de 70% nas ocorrências no 1º bimestre do ano. O número saiu de 23 casos em 2018 para sete no mesmo período deste ano. Em relação aos feminicídios, também houve redução, com 12 casos contabilizados em janeiro e fevereiro do ano passado contra três em 2019 (-75%). 

No cenário nacional, a Paraíba saiu do 4º lugar, com uma taxa de 6,0 mortes de mulheres por 100 mil habitantes em 2010, para 19º, com taxa de 3,76, de acordo com o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado no ano passado. Com o número, o estado ficou melhor colocado que outros cinco estados do Nordeste: Ceará (7,62), Pernambuco (6,46), Sergipe (5,89), Alagoas (4,26) e Piauí (3,76).

Embora, segundo o Governo da Paraíba, tenha havido uma redução de 29% nos casos desde 2010, os números mostram que não há um controle dos casos. Além disso, o mês de janeiro de 2019 também foi marcado pela violência contra a mulher.

As estatísticas são do Anuário da Segurança Pública da Paraíba. A série histórica é bastante variável. De 2019 até 2011 os números cresceram mais de 70%. A partir deste momento, a quantidade de mulheres assassinadas sofreu uma queda de 28% até o ano de 2014.

Este ano, até o momento, mais de 20 casos de violência contra a mulher, entre eles feminicídio, violência doméstica, abusos e assédios, já aconteceram na Paraíba.

Conforme os dados do Anuário, quatro mulheres foram assassinadas em janeiro de 2019 e 13 em janeiro de 2018, apresentando uma redução de 69% se comparados os dois períodos. 

No combate ao feminicídio e a violência contra a mulher, protestos pela garantia dos direitos das mulheres ocorreram em João Pessoa e Campina Grande, nesta sexta-feira (8), dia Internacional da Mulher.

Em João Pessoa, a concentração  começou na praça Pedro Américo, e se  deslocou para o Parque da Lagoa. 

Segundo a coordenadora geral do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro, que participou da organização do ato, um dos objetivos da mobilização foi lutar contra o aumento nos casos de feminicídio. “Demonstrar a nossa luta, a nossa coragem, a nossa força”, disse.

De acordo com a organização, o ato reuniu cerca de duas mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público. Representantes de grupos indígenas também participaram do protesto.

Até as 17h30 desta sexta-feira (8), o grupo ainda não havia chegado ao Parque da Lagoa, onde se daria o encerramento da manifestação. A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana da capital paraibana estava acompanhando o ato por meio de um circuito de câmeras.

Em Campina Grande, a mobilização do ‘Bloco das Mulheres’ foi realizada na Praça da Bandeira, durante a tarde desta sexta-feira (8) e depois percorreu ruas centrais da cidade. De acordo com a organização do ato, mil pessoas participaram. A Polícia Militar informou que o público estimado foi de 200 participantes.

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