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5 anos de dor: caso Victor Souto da Rosa ainda se arrasta na Justiça

O caso do acusado de duplo duplo assassinato, Victor Souto da Rosa, que vitimou o professor Rafael Patriota (27 anos) e o corretor de imóveis Daniel Guimarães (24 anos) já pode ser considerado um dos mais demorados da Justiça paraibana. Nesta quarta-feira (15), completa cinco anos das mortes das vítimas, sem ainda uma data definida para a realização do julgamento do réu.

O processo penal tramita na 2a Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa e já sofreu vários recusos, inclusive pra cortes superiores do País, fazendo com que o sentimento de impunidade fique ainda mais forte entre os amigos e familiares das vítimas, que tiveram suas vidas ceifadas, sem qualquer possibilidade de defesa.

Segunfo o pai de Rafael Patriota, o servidor público federal, José Patriota a Promotoria de Justiça ingressou com um pedido de revogação do habeas corpus, "devido a violação, por parte do réu, como pedidos de viagens para outros estados e cidades, sempre usando argumentos frágeis, a exemplo detratamento dentário ou visitas à cidade de Campina Grande, sempre em período de festas".

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Acusado de matar os dois jovens, Victor Souto da Rosa ficou preso por três anos, no Centro de Treinamento da Polícia Militar, em Mangabeira, na Capital. Mas, a defesa do réu, alegou que uma testeminha de defesa não teria sido ouvida e conseguiu anular a sentença de prenúncia. Antes disso, todos os pedido de habeas corpus tinham sido negados, inclusive no Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Queremos que o Júri Popular aconteça o mais rápido possível. Acreditmaos na Justiça e temos certeza que esse crimonoso vai receber a pena que merece, por ter matado dos jovens", comentou José Patriota.

O Caso – Os crimes aconteceram no dia 15 de dezembro de 2011, por volta das 4h30, na Rua Frutuoso Dantas, no Bairro do Cabo Branco, em João Pessoa e chocaram a sociedade paraibana, pela crueldade e covardia utilizadas pelo réu, que hoje responde o processo em liberdade. Segundo a denúncia do Ministério Público, Victor Souto da Rosa estava embreagado, quando utilizou uma caminhonete Nissan de propriedade de sua irmã para praticar os assassinatos. Ele bateu na traseira da moto conduzida por Rafel, onde também estava o garupa Daniel. As vítimas foram, literalmente, arrastadas pelo asfalto até a morte.

Confissão – o acusado confirma ter se envolvido em uma confusão com as vítimas antes dos atropelamentos. Victor Souto teria saído em perseguição da moto e, na altura da terceira lombada da Rua Frutuoso Dantas, a caminhonete bateu na traseira da moto e atropelou os dois jovens.

Câmeras – Uma câmara de um dos prédios da Rua Frutuoso registrou o fato e a fuga do réu, sem prestar qualquer socorro as vítimas. Só depois de quatro dias do fato, Victor se apresentou na 10ª Delegacia de Polícia, acompanhado de um advogado. Um exame preliminar da perícia, a moto pilotada por Rafael foi arrastado por cerca de 50 metros, após a colisão. Daniel morreu no local e Rafael chegou a ser socorrido para o Hospital de Emergência e Trauma, mas não resistiu à

gravidade dos ferimentos.
Com a violência do impacto a placa do veículo causador do acidente chegou a se desprender e ficou na motocicleta, o que permitiu localizar o foragido. Conforme o sistema do Departamento Nacional de Trânsito (Detran) na documentação do veículo, Nissan Frontier, consta o nome de Caroline Olimpia.

Testemunhas – Testemunhas arroladas no inquérito disseram que Victor teve a intenção de matar os rapazes, já que ele teria provocado uma briga com os dois jovens no Biquinis Bar, localizado na orla do Cabo Branco. Em seu depoimento, o próprio Victor confirma ter se envolvido numa confusão com Daniel. Logo depois da briga, Victor teria saído em perseguição da moto de propriedade de Rafael. Na altura da terceira lombada da Rua Frutuoso Dantas, o carro conduzido por Victor passa por cima das duas vítimas.

Vídeo – Ao determinar a prisão preventiva, o então juiz José Aurélio da Cruz, hoje desembargador e próximo corregedor-geral de Justiça do Trinbunal de Justiça da Patríba, levou em consideração um vídeo disponibilizado na internet que mostra os detalhes do atropelamento e da fuga do acusado

O vídeo também mostra que ele foge. O cabo Da Silva, da BPTran, que esteve no local dos crimes, disse que o motorista do carro fugiu sem prestar socorro às vítimas. Muitas pessoas que moram no local disseram que ouviram um barulho muito forte da batida. De acordo com os familiares das vítimas, logo depois do acidente Victor Souto Rosa usou de uma estratégia vulgar, para tentar ludibriar a Justiça.


Redação

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