A defesa de Coriolano Coutinho interpretou a prisão realizada nesta quarta-feira (9) em mais uma fase da Operação Calvário como uma forma de “perseguição” e “retaliação”. De acordo com advogado Francisco Leitão, os problemas antes apresentados na tornozeleira eletrônica e que embasaram o pedido de prisão do investigado já foram explicados à Justiça. Coriolano é irmão do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho.
Segundo a defesa, o equipamento utilizado por Coriolano como medida protetiva precisou ser trocado por defeitos apresentados. Além disso, em uma eventual necessidade, o investigado precisou deixar rapidamente o território da Capital.
– Todos os episódios foram devidamente explicados à Justiça à medida que eles aconteciam e o juiz pedia informações. A tornozeleira usada por Coriolano precisou ser trocada três vezes e isso está provado. Houve outras vezes em que aconteceu o fenômeno do ‘espelhamento’ causado pelo fato dele morar no 17º andar de um prédio e naquela altura o equipamento de monitoramento pode gerar a falsa impressão de que o portador não está dentro do domicílio. Além disso, aconteceu também dele precisar se deslocar de carro e, como mora no limite entre João Pessoa e Cabedelo, fez um contorno na BR 230 na altura de Cabedelo, mas isso durou cerca de 9 minutos – esclareceu Leitão.
O advogado classificou a prisão realizada hoje como um ato de ‘perseguição’ do Ministério Público. Segundo Francisco Leitão, a ‘retaliação’ ocorreu pelo fato de Coriolano ter denunciado ao desembargador Ricardo Vital de Almeida um suposto casos de “invasão” de seu sítio por agentes do Gaeco, sem mandado judicial.
– O Ministério Público não consegue provar as acusações que faz contra Coriolano e tenta manchar sua imagem de novo às vésperas de um recesso forense, como aconteceu no ano passado – destacou o advogado.
O advogado Francisco Leitão anunciou que vai impetrar um pedido de liberdade para Coriolano Coutinho.
PB Agora
com informações do ParlamentoPB