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Apreensões de cocaína triplicam

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As apreensões federais de cocaína triplicaram entre 2004 e 2010, atingindo 27 toneladas, de acordo com o Relatório Mundial Sobre Drogas 2012, divulgado hoje (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). Alguns dados indicam ainda uma expansão do mercado de cocaína, particularmente de crack (droga derivada de cocaína) em alguns países da América do Sul.

O uso de cocaína também aumentou entre as nações sul-americanas, inclusive no Brasil e em outros países que fazem parte do Cone Sul, a partir de meados da década de 90 até 2005. “Dados de pesquisas recentes para o Brasil estão indisponíveis, mas a preocupação com o aumento do uso de cocaína no Brasil se reflete no programa nacional que o País lançou em dezembro de 2011. O aumento nas apreensões também pode refletir o papel do Brasil como um País de partida para a cocaína contrabandeada por meio do Oceano Atlântico”, destaca o relatório.

Em todo o mundo, estima-se que cerca de 230 milhões de pessoas (5% da população adulta, com idade entre 15 e 64 anos) tenham usado alguma droga ilícita pelo menos uma vez em 2010. O problema da droga atinge cerca de 27 milhões de pessoas, o que representa 0,6% da população mundial. Praticamente uma em cada 100 mortes entre adultos é atribuída ao uso de drogas ilícitas.

Segundo a publicação, o consumo e a produção de drogas ilícitas, como a cocaína, a heroína e a maconha, têm ficado estável, apesar de mudanças nos fluxos e mercados de consumo dessas substâncias.

O relatório mostra ainda que 13% dos usuários de drogas têm problemas com a dependência, incluindo distúrbios e o aumento da incidência de contração do vírus HIV, de hepatite C e hepatite B – entre usuários de substâncias injetáveis.

De acordo com o Unodc, a maconha e os estimulantes do tipo anfetaminas são as drogas mais usadas no mundo. Globalmente, o consumo de cocaína ficou estável, com o número de usuários estimado em 2010 entre 13,3 milhões e 19,7 milhões, correspondendo a 0,4% da população adulta mundial.

Os principais mercados de cocaína continuam a ser a América do Norte, a América do Sul e as Europas Central e Ocidental. O consumo de cocaína entre os adultos diminuiu nos Estados Unidos, passando de 3% em 2006 para 2,2% em 2010. De acordo com o Unodc, isso pode estar relacionado ao declínio de 47% na fabricação de cocaína na Colômbia.

IG

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