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Assedio virtual: especialista fala como tornar a internet mais segura para as mulheres paraibanas

O número de usuários nas redes só cresce. Compartilhamos opiniões, consumimos conteúdos e nos conectamos com várias pessoas em plataformas como as redes sociais. Até aí tudo bem, porém, Facebook, Instagram, Whatsapp e Twitter são as principais plataformas digitais com maior possibilidade de uma mulher sofrer assédio virtual, os dados são da Think Eva (https://thinkeva.com.br/). Além disso, as maiores vítimas de violência online no Brasil são meninas e mulheres de 14 a 35 anos de idade, conforme pesquisa divulgada pelo Observatório Brasileiro de Violência On-line da Universidade de Brasília. Para falar desse tema e os impactos na Paraíba foi ouvido o delegado João Ricardo da Franca Júnior, da Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, em João Pessoa, afirmou que, este ano, passou a receber uma média de 20 queixas dessa natureza por mês.

Segundo o delegado esse crime se caracteriza quando alguém ou um grupo de pessoas usam as tecnologias da informação e comunicação como ferramentas para importunar, intimidar, perseguir, ofender ou hostilizar terceiros, estão praticando assédio virtual. Ainda de acordo com o delegado, de janeiro a março, a delegacia contabiliza cerca de 60 registros somente de assédio cometido no universo on-line. As denúncias que mais se destacam são as de pessoas que criam perfis falsos para cometerem crimes contra a honra. “Eles criam perfis falsos para cometer difamação, injúria e calúnia contra as vítimas. Temos notado alguns focos específicos, que são aqueles voltados às escolas. Se cria um perfil falso de fofoca, aí o autor passa a mirar em determinados alunos, chegando a difamar, xingar, colocar fotos, e expor um ou mais estudantes”, João Ricardo.

O impacto desses atos no cotidiano da vítima é tão intenso que algumas crianças e adolescentes se recusam em continuar indo à escola. Além do foco nas unidades de ensino de Ensino Fundamental e Médio, o delegado João Ricardo contou que também tem percebido a criação de perfis falsos para atingir médicos e professores de universidades. Segundo ele, o universo virtual, que permite às pessoas expressarem práticas de má conduta e crimes mesmo estando a quilômetros de distância da vítima, dá uma sensação de “segurança” e “anonimato” para os autores da ação. Mas, na maioria das vezes, é mais fácil identificar o agressor no mundo digital do que na vida real.

Outra pesquisa recente trouxe que a principal violência que mulheres e meninas sofrem em ambientes digitais é o assédio nas interações virtuais (38%) e, na sequência, as ameaças de vazamento de imagens íntimas (24%). Os dados são da segunda etapa do estudo inédito Além do Cyberbullying.: A Violência Real Do Mundo Virtual, desenvolvido pelo Instituto Avon em conjunto com a Decode, empresa especializada em pesquisa digital.

Da Redação

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