Mais de 33 quilos de cocaína e crack, mais de 28 quilos de maconha e 529 comprimidos de artane. Este foi o saldo de apreensões de drogas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Capital, de janeiro até 23 de setembro de 2011. A quantidade é sete vezes maior que o total apreendido durante todo o ano de 2010, quando foram tirados de circulação pouco mais de 8 quilos de entorpecentes.
O balanço foi divulgado nesta sexta-feira (23), pela gerência de Polícia Civil Metropolitana, durante uma coletiva na Central de Polícia, em João Pessoa. Também merece destaque o número de armas recolhidas e de traficantes presos. Até agora, foram instaurados 120 inquéritos policiais, que resultaram no indiciamento e prisão de 150 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas.
De janeiro a setembro, foram apreendidas 40 armas dos mais diferentes calibres, contra 17 armas de fogo no mesmo período de 2010. De acordo com o delegado titular da DRE, Allan Terruel, os números positivos são resultantes da nova metodologia de trabalho empregada desde o início do ano e dos investimentos feitos na Especializada.
“Nós mudamos a filosofia de trabalho. Não queremos prender apenas quem está com a droga na mão, por isso, concentramos as ações nas raízes do crime, promovendo investigações próprias e entendendo toda a cadeia do tráfico. Também ampliamos nossas equipes, melhoramos nossa estrutura física e instituímos metas de flagrantes”, afirmou o delegado.
A Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds) ampliou o número de equipes da DRE, que passou a contar com 21 policiais, entre delegados, agentes de investigação e escrivães. Antes, a delegacia possuía um efetivo de apenas cinco policiais, para atender toda a região metropolitana.
“Muitos dos inquéritos da DRE continuam em andamento e podem resultar em novas prisões. A delegacia, hoje, possui um trabalho focado na inteligência, funcionando 24 horas”, explicou o delegado adjunto Ramirez Almeida.
Disk Denúncia 197 – Cerca de 40% dos inquéritos instaurados resultam de denúncias da população, recebidas pelo número 197. “Todas as denúncias anônimas são checadas, e, havendo fundamento, certamente resulta em prisão. É importante que a população esteja ciente de que, ao fazer a denúncia, ela está contribuindo com o trabalho da polícia e com a segurança de todos”, informou o delegado Aldroville Grise, que também integra o corpo de delegados da DRE.
Rota do tráfico – A maior parte da droga que chega a Paraíba vem das fronteiras do Brasil com a Bolívia e Colômbia, e passam por rotas que incluem os estados de Mato Grosso, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte. De acordo com Allan Terruel, a maioria dos traficantes é formada por ex-presidiários, sendo cada vez mais recorrente o envolvimento de outros integrantes da família no tráfico de drogas.
“As mulheres estão entrando para o tráfico, assumindo a função dos maridos presos. É cada vez mais recorrente o envolvimento de diferentes membros da família no tráfico de entorpecentes”, afirmou.
A gerente de Polícia Civil Metropolitana, a delegada Daniela Vicuuna, destacou a importância do combate ao tráfico de drogas para a redução dos crimes de homicídios. “Nós sabemos que grande parte dos homicídios e outros crimes violentos estão relacionados ao tráfico de drogas. Por isso, o trabalho excepcional que a delegacia vem desenvolvendo hoje tem contribuído diretamente para a redução dos índices de criminalidade em nosso Estado”, concluiu.
Secom-PB
